Assassinato de Ruy Ferraz Fontes “tem assinatura do crime organizado”, diz Delegado Palumbo
Parlamentar também alertou que outras autoridades seguem em risco permanente por atuarem contra facções criminosas
SBT Manhã
O deputado federal Delegado Palumbo (MDB), comentarista de segurança pública no SBT, afirmou nesta terça-feira (16) que o assassinato do ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, “tem a assinatura do crime organizado”. Fontes foi morto a tiros em Praia Grande, no litoral paulista, na noite de segunda-feira (15), onde atuava como secretário municipal.
Palumbo, que já trabalhou ao lado de Fontes, destacou que o ex-delegado foi pioneiro no combate ao Primeiro Comando da Capital (PCC) e que era visto como inimigo pelo líder da facção, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola. “O chefe do PCC, o Marcola, odiava o Doutor Ruy. Outros bandidos, traficantes, ladrões de bancos também”, disse.
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O parlamentar também alertou que outras autoridades seguem em risco permanente por atuarem contra o crime organizado. Segundo Palumbo, a execução de Fontes foi premeditada e realizada de forma profissional, com a mesma tática usada em operações policiais.
"Eles se posicionaram como agem os policiais, fizeram a contenção, fizeram a varredura do local. O que estava dirigindo foi para o lado esquerdo, os outros foram para o lado direito, cercaram, ou seja, é bandido especializado em matar, em executar", afirmou.
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Durante participação no SBT Manhã, Palumbo responsabilizou políticos e instituições que, segundo ele, dificultam o endurecimento das leis.
“O sangue dessas vítimas, em especial do Dr. Ruy, está nas mãos dos políticos que não querem enrijecer as leis, está nas mãos dos protetores de bandidos, está nas mãos de juízes que colocam o casaquinho, dão cafezinho e soltam bandidos com 86 passagens, soltam chefe de facções nos tribunais”, declarou.
Fontes ficou marcado por liderar operações contra roubos a bancos e pela prisão de integrantes da cúpula do PCC, incluindo Marcola. Para Palumbo, a violência que tirou sua vida reforça a necessidade de medidas duras contra o crime organizado na Baixada Santista e em todo o estado.