Defesa Civil registra diminuição no afundamento de mina em Maceió

A Defesa Civil de Maceió registrou, na noite de sábado (23.dez), uma redução considerável no afundamento do solo da mina nº 18 da Braskem, localizada na região do antigo campo do CSA, no Mutange. Segundo a entidade, o deslocamento vertical nas últimas 24h foi de 2,5 centímetros (cm) com uma velocidade de 1 milímetro (mm) por hora.

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Isso significa que o solo na região da mina pode estar se estabilizando, já que a velocidade de afundamento antes do rompimento chegou a 5 cm/h. “Aquele cenário de preocupação que tínhamos antes já não existe. O afundamento reduziu significativamente, o que nos leva a entender que o solo pode se acomodar e estabilizar”, afirmou a Defesa Civil.

Apesar da previsão positiva, a entidade alertou que a população não deve transitar na área desocupada.

O possível colapso da mina nº 18 da Braskem vem sendo temido desde 2018, quando mais de 14 mil imóveis próximos à área precisaram ser evacuados devido ao surgimento de rachaduras. O estrago foi causado pela exploração de sal-gema em uma região onde existiam falhas geológicas, o que provocou a instabilidade no solo.

No fim de novembro, o solo voltou a afundar. Poucos dias depois, em 10 dezembro, a mina sofreu um rompimento parcial num trecho da Lagoa Mundaú. Em meio ao cenário, o governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB), e o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL) solicitaram uma audiência com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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O caso também foi levado ao Congresso, onde houve a instalação de um Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Braskem. A intenção é investigar a atuação da petroquímica em Maceió, que, ao perfurar o subsolo da cidade para extração de sal-gema, deixou bairros inteiros sob risco de desabamento, prejudicando 55 mil pessoas.