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"Conspiração tabajara": Mourão reconhece que militares armaram plano golpista

Senador e ex-vice presidente de Jair Bolsonaro foi entrevistado pelo jornal 'O Globo'

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Hamilton Mourão em discurso no Fórum Brasil-OCDE | Wilson Dias/Agência Brasil
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O general Hamilton Mourão (Republicanos-RS), senador e ex-vice presidente da República, admitiu, em uma entrevista ao jornal O Globo, que um "grupo pequeno" das Forças Armadas tentou articular um golpe de Estado após a vitória de Lula sobre Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.

No entanto, ele disse que o Exército agiu dentro da Constituição, que a investigação da Polícia Federal é um "escarafunchar de conversas de WhatsApp e e-mails trocados" e que o plano golpista é uma "conspiração bem tabajara", diminuindo sua importância.

A entrevista foi realizada antes da prisão do general Walter Braga Netto pela Polícia Federal, no sábado (14), no inquérito que apura a trama golpista. Para Mourão, a prisão de Braga Netto ocorreu ilegalmente.

+ Braga Netto: entenda o que levou general à prisão e seu papel na trama golpista

Diplomação de Hamilton Mourão e Jair Bolsonaro como vice e presidente, em 2018 | Valter Campanato/Agência Brasil
Diplomação de Hamilton Mourão e Jair Bolsonaro como vice e presidente, em 2018 | Valter Campanato/Agência Brasil

"Acho essas questões totalmente fora do contexto. Essa investigação da PF, que levou praticamente dois anos, é um escarafunchar de conversas de WhatsApp e de algumas mensagens de e-mails trocados. A gente nunca sabe o contexto em que isso foi efetivamente tratado. Os que estão em indiciados, me parece um grupo pequeno e que não tinha a mínima condição de executar aquilo que em tese estaria dito que eles iriam executar. E também me chama atenção a questão de que eles diziam 'vamos ter armas, mas vamos matar por envenenamento'. Então pra que ter arma? São coisas surreais, na minha visão. Eu desconhecia toda e qualquer conversa neste sentido", afirmou.

Mourão afirmou que sabia de reuniões no Palácio da Alvorada depois do segundo turno, entre o então presidente Bolsonaro, os comandantes das Forças Armadas e Braga Netto, mas disse desconhecer os assuntos tratados.

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