Publicidade
Brasil

Cirurgia inovadora transforma o tratamento de bebês com hidrocefalia

Técnica menos invasiva melhora qualidade de vida de crianças com acúmulo de líquido no cérebro

Imagem da noticia Cirurgia inovadora transforma o tratamento de bebês com hidrocefalia
Publicidade

Uma nova técnica de cirurgia cerebral, menos invasiva, está revolucionando o tratamento de bebês com hidrocefalia — doença caracterizada pelo acúmulo excessivo de líquido no cérebro. Com esse procedimento, essas crianças não precisam mais depender de válvulas pelo resto da vida.

Magdalena, de apenas 1 ano e 7 meses, foi diagnosticada com hidrocefalia aos quatro meses. "Com 13 dias ela teve convulsão. Ficamos internados sem um diagnóstico até que, na Santa Casa, o médico confirmou a hidrocefalia e disse que precisava realizar a cirurgia no mesmo dia", relatou Evelyn Gomes Coelho, mãe de Magdalena.

+ Rússia anuncia vacina contra o câncer; cientistas duvidam

Sem tratamento, a hidrocefalia pode elevar a pressão intracraniana, causando o crescimento anormal da cabeça e comprometendo o desenvolvimento psicomotor na infância. Magdalena está entre as 77 crianças que já passaram pela nova técnica no Brasil.

No tratamento convencional, é implantada uma válvula para drenar o líquido para a cavidade abdominal. Já o novo procedimento, conhecido como "método Warf", introduz um endoscópio flexível que cria uma abertura no terceiro ventrículo cerebral, permitindo que o corpo absorva o líquido em excesso. "O impacto está em evitar as complicações e a dependência causadas por um dispositivo não natural ao organismo", explica a neurocirurgiã pediátrica Giselle Coelho.

Desenvolvida pelo neurocirurgião Benjamin Warf, a técnica chegou ao Brasil em 2022, introduzida por uma ONG que treina equipes médicas para ampliar o acesso ao tratamento. Hoje, é realizada nas Santa Casas de São Paulo e do Pará, com eficácia de 93% na capital paulista, superior à média mundial de 76%.

+ Dois em cada 10 brasileiros infectados pela Covid relatam sequelas, aponta pesquisa

Além de melhorar a qualidade de vida, a técnica reduz custos para o sistema público de saúde, liberando leitos mais rapidamente. O próximo objetivo da ONG é implementar 10 novos centros de treinamento no Brasil, multiplicando histórias como a de Magdalena.

Publicidade

Assuntos relacionados

Saúde
medicina
Bebê
Criança
Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade