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Censo 2022: somente 15,2% dos brasileiros têm acesso a rampas para cadeirantes, diz IBGE

Segundo dados, 68,8% dos brasileiros ainda moram em vias sem rampas; em 2010, a situação era pior, já que 95,2% não tinham acesso a elas

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Novos dados do Censo Demográfico 2022, divulgados nesta quinta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que enquanto 119,9 milhões (68,8%) de brasileiros ainda moram em vias sem rampa para cadeirantes, apenas 26,5 milhões (15,2%) têm acesso a esse equipamento.

O estudo revela, portanto, que a infraestrutura urbana para pessoas com necessidades especiais ainda é insuficiente no país, porém melhor do que na comparação com o Censo 2010, quando apenas 4,8% da população tinham acesso a rampas. Naquele ano, 146,3 milhões de pessoas (95,2%) viviam em locais sem acesso.

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O levantamento faz parte do estudo "Características Urbanísticas do Entorno dos Domicílios", que analisa informações de 2010 a 2022.

Vale destacar que, nesses dados, o IBGE analisou entorno de domicílios onde moram 174,2 milhões de pessoas em áreas urbanas ou rurais com características urbanas. Esse percentual equivale a cerca de 86% da população total do país.

Por estados e municípios

Entre os estados, o Mato Grosso do Sul apresenta o maior percentual de pessoas residentes em vias com essa infraestrutura (41,1%), seguido de Paraná (37,3%) e Distrito Federal (30,4%). Já os estados com a pior infraestrutura são Amazonas (5,6%), Pernambuco (6,2%) e Maranhão (6,4%).

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No caso de municípios, Maringá (PR) se destaca entre as cidades com mais de 100 mil habitantes que possuem melhor infraestrutura para cadeirantes. Nessa cidade, 77,3% de seus moradores vivem em vias com rampa para cadeirante, em contraposição a Itapevi (SP), onde apenas 1,3% de seus moradores contam com esses equipamentos de acesso.

Moradores por características do entorno dos domicílios (%) | Divulgação/IBGE
Moradores por características do entorno dos domicílios (%) | Divulgação/IBGE

O levantamento do IBGE analisa características urbanísticas do entorno dos domicílios baseados em dez quesitos:

  • Capacidade de circulação;
  • Pavimentação da via;
  • Existência de bueiro ou boca de lobo;
  • Iluminação pública;
  • Ponto de ônibus ou van;
  • Sinalização para bicicletas,
  • Calçada ou passeio;
  • Obstáculo na calçada;
  • Rampa para cadeirante;
  • Arborização.

"Cabe ressaltar que, para o Censo de 2022, a existência de calçada foi verificada se houvesse ou não pavimentação, enquanto em 2010, a contabilização ocorreu se existisse caminho calçado ou pavimentado", explica Jaison Cervi, gerente de Pesquisas e Classificações Territoriais.

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