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Política

EJA perde força no Brasil: 198 mil alunos deixam sala de aula em 2024

Dados do Censo Escolar mostram uma queda de mais de 600 mil alunos em quatro anos nessa modalidade de ensino

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A Educação de Jovens e Adultos (EJA) perdeu força no Brasil nos últimos 4 anos. Nesse período, mais de 600 mil alunos deixaram a sala de aula. Em 2024, quando houve perda de 198 mil estudantes, o Brasil tinha cerca de 2.319 milhões de alunos na EJA. Em 2020, porém, esse número era superior a 3 milhões. Os dados se destacam em cenário em que quase um terço dos brasileiros não concluiu o ensino básico.

As informações foram divulgadas no Censo Escolar pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), ligado ao Ministério da Educação, nesta quarta-feira (9). O levantamento é o principal instrumento de coleta de informações da educação básica e a mais importante pesquisa estatística educacional brasileira.

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"Decréscimo preocupa", diz ministro da Educação

Nas comparações ano a ano, a maior queda na quantidade de alunos no EJA foi entre 2023 e 2024, quando quase 198.496 mil alunos deixaram essa modalidade de ensino.

No ano passado, também no âmbito da EJA, mais de 1 milhão e 400 mil estudantes estavam matriculados no ensino fundamental. Já o ensino médio tinha cerca de 976 mil alunos.

Os dados mostraram também uma grande quantidade de alunos de 17 anos frequentando o ensino para jovens e adultos. De acordo com o ministro da Educação, Camilo Santana, a situação é preocupante.

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"Há uma preocupação enorme de jovens que estão indo pra o EJA. Além disso, a curva de decréscimo preocupa para que adultos concluam a educação básica. Estamos fazendo estímulos para ampliação de matrículas para esses adultos e para que esse perfil seja mudado. É um desafio enorme", disse.

Também nesta quarta, o MEC publicou, no Diário Oficial da União (DOU), uma resolução que institui as Diretrizes Operacionais Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos - EJA.

A publicação prevê que a oferta da EJA deverá ocorrer em diferentes turnos (matutino, vespertino e noturno), para atender às necessidades do público. Além disso, a oferta da EJA deve ser tanto presencial quanto virtual.

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