Caso Joca: Polícia Civil conclui que cachorro morreu dentro de avião em retorno para São Paulo
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo afirmou que o inquérito policial foi relatado à Justiça na última sexta-feira (5)
A Polícia Civil de Guarulhos, na Grande São Paulo, concluiu a investigação da morte do cão Joca, um golden retriever que morreu após ser enviado para o destino errado pela Gol em abril deste ano. Segundo o relatório, o animal provavelmente morreu dentro da aeronave, durante o voo de volta a São Paulo.
O caso foi investigado pela Delegacia de Crimes Contra o Meio Ambiente (DICMA), que responde à Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, e o inquérito foi relatado à Justiça na última sexta-feira (5).
No dia 22 de abril, Joca embarcou no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, com destino a Sinop, no Mato Grosso, onde seu tutor mora. No entanto, o animal foi enviado por engano para Fortaleza (CE), totalizando um trajeto de 8 horas.
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Segundo o laudo necroscópico realizado pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (USP), Joca morreu por causa de um choque cardiogênico, distúrbio circulatório associado à redução do rendimento cardíaco, resultado da falência do coração em bombear adequadamente o sangue. A condição pode ser gerada por um superaquecimento do animal.
Em nota, a Gol suspendeu o transporte de cães e gatos nos porões das aeronaves por 30 dias e afirmou que a apuração dos detalhes está sendo conduzida com total prioridade pela companhia.
Entenda o caso
Joca era um Golden Retriever saudável de 4 anos. O tutor, João Fantazzini, estava se mudando para o Mato Grosso e embarcou para Sinop com o intuito de chegar à cidade no mesmo horário que o cachorro. Ao desembarcar, no entanto, João foi informado pela companhia aérea de que o animal havia sido levado por engano para Fortaleza.
A viagem, que deveria levar até duas horas e meia, demorou quase oito horas, contando o tempo em que Joca foi enviado de volta para São Paulo. Durante a espera, o cão ficou cerca de 1h30 na pista de embarque e desembarque, com temperatura de 36°C. A família conta que o cachorro, que estava em uma caixa de transporte, ficou sem comida.
João precisou voltar para São Paulo para receber Joca. Ao chegar no aeroporto, um funcionário da companhia recebeu o tutor, dizendo que o cachorro não “se sentiu bem” durante voo e que um veterinário havia sido acionado pela companhia. Quando desembarcou, contudo, o cachorro já estava sem vida. Ele foi enterrado na quarta-feira (14), em Higienópolis, região central de São Paulo, após passar por exame de necropsia.
Em nota, a Gol lamentou o ocorrido, expressando solidariedade com o sofrimento da família. Para auxiliar na investigação do caso, a companhia aérea suspendeu o transporte de cães e gatos nos porões das aeronaves por 30 dias. “A apuração dos detalhes do ocorrido está sendo conduzida com total prioridade pelo nosso time”, disse.