Caso Anic Herdy: defesa de assassino confesso acusa marido de ser mentor do crime
Advogados do ex-amante afirmam que Benjamin Herdy teria mandado matar a esposa para não dividir herança e por acusações de abuso contra filha
A advogada Anic Herdy, assassinada pelo amante Lourival Fatiga, teria sido morta a mando do marido dela, Benjamin Herdy, que não queria dividir a herança da família no caso de um divórcio e por supostamente abusar da própria filha. Essas são as alegações da defesa de Fatiga, que confessou o assassinato.
O crime ocorreu no dia 29 de fevereiro, quando a polícia foi avisada sobre o seu desaparecimento e começou a investigar um possível sequestro. A advogada era considerada desaparecida até a quinta-feira (26), quando a perícia confirmou que o corpo encontrado na casa do assassino, na região Serrano do Rio, é da advogada.
As acusações contra a vítima e seu marido foram reveladas nesta sexta-feira (27), pelos advogados de defesa de Lourival Fatiga. Eles alegam que a advogada teria abusado da própria menina desde a infância e que Benjamin teria convencido o ex-amante a cometer o crime por esse motivo e para evitar a partilha da herança em uma possível separação.
Os advogados afirmam que o ex-amante se encontrou com o marido da vítima para falar sobre o sequestro, o que poderia servir de prova de que Benjamin é o mentor intelectual do crime.
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A defesa do marido alega que as denúncias são falsas e que Lourival está fazendo isso "para desequilibrar a família".
Relembre o caso
Anic Herdy foi vista pela última vez deixando o estacionamento de um shopping em Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, no dia 29 de fevereiro. Ela teria entrado no carro de Lourival Correa Netto Fadiga, segurança da família e ex-amante de Anic.
Anic estava casada há 20 anos com o empresário Benjamin Cordeiro Herdy, de 78 anos. No dia do sequestro, ele recebeu uma mensagem de texto dos criminosos, que exigiam R$ 4,6 milhões para libertar a mulher.
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Após o pagamento do valor, Anic teria entrado em contato com o marido e os filhos, confessando ter planejado o crime.
Desconfiada, a família acionou a polícia, que, nas investigações, descobriu que o dinheiro não foi usado para pagar os sequestradores. No dia do pagamento do resgate, Lourival comprou uma caminhonete de R$ 500 mil, uma moto de R$ 30 mil e R$ 185 mil em equipamentos eletrônicos para a loja da família.
Vinte dias após o desaparecimento da advogada, Lourival, os dois filhos e uma mulher – apontada como amante dele – foram presos investigados por extorsão mediante sequestro.
No dia 30 de agosto, Lourival confessou ter assassinado Anic e pediu a soltura dos filhos e da amante.
