"Cometa do Século": fenômeno atinge a distância mais próxima do Sol; saiba quando e como pode ser visto
Observatório Nacional aponta que o corpo celeste C/2023 A3 está a uma distância do astro-rei de aproximadamente 58,5 milhões de quilômetros
Derick Toda
O corpo celeste com mais destaque em 2024, C/2023 A3, que carrega a fama de ser "Cometa do Século" pela chance de ter a maior luminosidade desde o astro Hale-Bopp, que brilhou no céu em 1997, está cada vez mais visível.
Nesta sexta-feira (27), o cometa atinge o ponto mais próximo do Sol, um fenômeno conhecido como periélio. É isso que faz com que ele possa ser observado a olho nu antes que o sinal nasça, nos hemisférios Norte e Sul, onde o Brasil está localizado, a depender do pico de magnitude, que é brilho mais intenso do cometa durante a aproximação com o astro-rei.
De acordo com o Observatório Nacional, o "Cometa do Século" está a uma distância do Sol de aproximadamente 58,5 milhões de quilômetros.
Ou seja, os amantes da astronomia e os curiosos de plantão terão a chance de enxergar o "Cometa do Século" até o dia 2 de outubro, quando encerra a fase do periélio, segundo monitoramento da empresa de tecnologia Star Walk.
Brilho
Quanto menor o nível de magnitude de um cometa, mais ele brilha. Durante a noite, um astro pode ser visto a olho nu quando atinge uma escala de nível 4.
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Em 1997, o Hale-Bopp, um dos mais observados do século passado, alcançou a escala de -1,8 de magnitude. Atualmente, o C/2023 registra um nível de 2.6, sendo que deve chegar a 0.0 até 2 de outubro.
Dessa data a 9 de outubro, o "Cometa do Século" pode chegar a -3.0. Pesquisadores mais otimistas preveem que ele excederá a magnitude de -5.0. Caso chegue a esse nível, será visível a olho nu até nas manhãs pós-nascer do sol e, se não chegar, apenas com o uso de um celular ou telescópio.
Veja escala:
Veja percurso do cometa:
"Cometa do Século"
Esse cometa, um fenômeno formado por gases, gelo, pedras e poeira, foi descoberto no início de 2023 pelo Observatório Astronômico Zijinshan, conhecido como Observatório da Montanha Púrpura da China, e pelo telescópio do Sistema de Alerta Último de Impacto Terrestre de Asteroide (Atlas, na sigla em inglês), na África do Sul.