Casamentos entre pessoas do mesmo sexo crescem 8,8% em 2024 e atingem recorde histórico
País registra 12,2 mil uniões homoafetivas e vê avanço puxado por casamentos entre mulheres; divórcios caem


SBT News
com informações da Agência Brasil
O Brasil registrou 12,2 mil casamentos entre pessoas do mesmo sexo em 2024, um crescimento de 8,8% em relação a 2023. O número é o maior da série histórica iniciada em 2013, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base em informações coletadas em mais de 8 mil cartórios do país.
Em proporção, as uniões homoafetivas avançaram 11 vezes mais que os casamentos entre homens e mulheres, que somaram 936,7 mil registros – alta de apenas 0,8% no ano.
Este é o quarto ano consecutivo de aumento nos casamentos entre pessoas do mesmo sexo:
- 2020 – 6,4 mil
- 2021 – 9,2 mil
- 2022 – 11,0 mil
- 2023 – 11,2 mil
- 2024 – 12,2 mil
O principal impulso veio das uniões entre mulheres, que somaram 7,9 mil casamentos em 2024 – alta de 12,1% frente ao ano anterior.
Entre homens, foram pouco mais de 4,3 mil uniões, aumento de 3,3%. O resultado reverte a queda de 4,9% registrada entre 2022 e 2023.
Brasil ainda registra menos casamentos que antes da pandemia
Apesar do crescimento nas uniões homoafetivas, o total de casamentos no país, entre todos os tipos de união, permanece abaixo dos níveis pré-pandemia.
O país teve 949 mil casamentos em 2024, ante mais de 1 milhão por ano entre 2013 e 2019:
- 2013 – 1,05 milhão
- 2014 – 1,11 milhão
- 2015 – 1,14 milhão
- 2016 – 1,10 milhão
- 2017 – 1,07 milhão
- 2018 – 1,05 milhão
- 2019* – 1,02 milhão
- 2020 – 757 mil
- 2021 – 933 mil
- 2022 – 970 mil
- 2023 – 941 mil
- 2024 – 949 mil
*último ano antes da pandemia

Dezembro segue como o mês preferido para casar
A média mensal de casamentos em 2024 ficou em 79 mil registros. Dezembro se mantém como o mês mais escolhido pelos casais, com 103,5 mil uniões, único período acima da marca de 100 mil.
Ranking dos meses preferidos para casar em 2024
1. Dezembro – 103,5 mil casamentos
2. Novembro – 96,9 mil
3. Outubro – 88,8 mil
4. Setembro – 82,8 mil
5. Maio – 79,7 mil
6. Julho – 78,6 mil
7. Agosto – 76,3 mil
8. Junho – 74,2 mil
9. Abril – 73,5 mil
10. Janeiro – 68,7 mil
11. Março – 68 mil
12. Fevereiro – 57,9 mil
Número de divórcios cai após três anos de alta

O Brasil registrou 428.301 divórcios em 2024, queda de 2,8% em relação a 2023 (440.827). É o primeiro recuo desde 2020. O tempo médio entre o casamento e o divórcio se manteve em 13,8 anos, mesmo índice de 2023 – menor que os 16 anos registrados em 2010.
A redução foi puxada por Sul (-1,4%), Sudeste (-2,5%), Nordeste (-3,1%) e Centro-Oeste (-11,8%). O Norte foi a única região com alta (9,1%).
Dos divórcios:
- 81,8% foram concedidos por decisão judicial em 1ª instância
- 45,8% envolveram famílias com filhos menores
- 30,4% ocorreram entre casais sem filhos
Homens se divorciaram, em média, aos 44,5 anos, enquanto as mulheres tinham, em média, 41,6 anos.








