Café Brasileiro, uma paixão mundial: MG é responsável por mais da metade da produção nacional
Conheça também a fazenda café do jornalista Carlos Nascimento
No primeiro episódio de "Café Brasileiro: Uma Paixão Mundial", o espectador poderá conhecer um pouco mais sobre Minas Gerais, estado que lidera a produção da iguaria no Brasil. Todos os sábados, começando no último dia 16, o SBT Brasil vai exibir uma série de reportagens especiais sobre o café brasileiro, que cada vez mais conquista admiradores pelo mundo.
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O Brasil é o maior produtor de café do mundo e a produção se concentra em diversas regiões do país, cada uma delas com suas próprias características, que contribuem para a diversidade do café brasileiro.
No Brasil, há duas principais espécies de café cultivadas: o arábica, que é mais suave e refinado, ideal para cafés especiais; e o conilon, também conhecido como canéfora, é mais forte e, atualmente, torna-se cada vez mais valorizado.
O local de cultivo do café também varia de acordo com o clima. Em Minas Gerais, por exemplo, o solo e o clima favorecem a diversidade do cultivo. Dessa forma, o estado se destaca por uma rica tradição na produção de café.
Em São Gonçalo do Sapucaí, no sul de Minas, o SBT Brasil entrevistou o produtor Rodrigo Damasceno, que conta que o diferencial do município é a altitude estratégica e um sabor diferente do café.
"Eu venho de uma sucessão, desde meu bisavô, avô, meu pai. E eu estou aqui com meu pai desde 2017", explica.
Segundo Damasceno, a produção de sua fazenda acontece por meio de uma agricultura regenerativa e sustentável, um dos segredos para a alta qualidade do café. Somente em 2023, mais de 39 milhões de sacas de café, de 60 kg cada, foram produzidas no local.
As cooperativas desempenham um papel fundamental na cafeicultura, ajudando os produtores a enfrentar desafios e competir no mercado global. A COOXUPÉ (Cooperativa dos Cafeicultores de Guaxupé), também em Minas, é a maior empresa do ramo no mundo. A cooperativa conta, atualmente, com 19.400 cooperados.
"O produtor cuida de produzir, de beneficiar, de fazer qualidade. E a gente cuida de fazer esse rebenefício, cuida do processo logístico de transporte, cuida da exportação, para mais de 50 países no mundo", conta Jorge Ribeiro Florêncio Neto, gerente de comunicação da COOXUPÉ.
Em 2024, a principal preocupação dos cafeicultores foi com a seca intensa que já afeta a próxima safra. Com déficit hidríco histórico, muitas plantações jovens registraram perdas seeras de produtividade, enquanto a florada atrasada poderá reduzir a colheita em 2025 em 20%, segundo estimativas da Fundação Procafé.
Fazenda de Carlos Nascimento
Agora no interior de São Paulo, em Torrinha, no centro do estado, o SBT Brasil mostra a fazenda de um dos maiores jornalistas da história do Brasil, Carlos Nascimento. Ao lado da esposa, Rosi Pereira, e do filho caçula, João Eduardo, o ex-apresentador brinca que eles são os "três mosqueteiros" cafeicultores.
Segundo o jornalista, a fazenda serviu de refúgio para a família durante a pandemia por Covid-19 e, após sair da televisão, decidiu ficar em definitivo. Nascimento ainda destaca a importância da companheira, que foi a principal administradora da fazenda quando ele ainda trabalhava na TV.
O ex-apresentador explica que ele e sua família são pequenos produtores, com aproximadamente 100 mil pés de café, e sofreram muitas dificuldades nos últimos 3 anos por causa das secas.
"O nosso café principal é o cereja-descascado. O café boia é a maioria da nossa produção, tem o café passa que também é bom e já chegou a ser exportado", conta Nascimento, afirmando que 100% da produção é comercializada.
Uma das grandes vozes do jornalismo brasileiro, Carlos Nascimento conta que o agronegócio brasileiro está em uma posição jamais antes conquistada por outro seguimento econômico. Mas ressalta que o setor "deve conscientizar os outros setores econômicos para que também cresçam".