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Brasil tem 16,4 milhões de pessoas morando em favelas e comunidades urbanas, diz IBGE

População dessas áreas está distribuída em 656 municípios e equivale a cerca de 8,1% do total

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Brasil tem 16,4 milhões de pessoas morando em favelas e comunidades urbanas, diz IBGE | Divulgação/Fernando Frazão/Agência Brasil
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A população que mora em favelas e comunidades urbanas chegou a 16,4 milhões de pessoas, segundo novos dados do Censo 2022 divulgados nesta sexta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número corresponde a cerca de 8,1% da população do Brasil.

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Segundo o Censo 2022, o Brasil conta com 12.348 favelas e comunidades urbanas distribuídas em 656 municípios, onde vivem 16.390.815 pessoas. Em comparação com Censo 2010, quando o país possuía 6.329 favelas e comunidades urbanas com 11.425.644 moradores, o percentual equivalia a 6% da população na época.

Mapa dos municípios com favelas e comunidades urbanas | Reprodução/IBGE
Mapa dos municípios com favelas e comunidades urbanas | Reprodução/IBGE

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As comunidades mais populosas do Brasil

Entre as favelas e comunidades urbanas identificadas pelo Censo, a Rocinha, localizada no Rio de Janeiro (RJ), era a mais populosa, com 72.021 moradores. Em seguida, está o Sol Nascente, a 30 km de Brasília (DF), com 70.908 habitantes. Paraisópolis, em São Paulo (SP), ocupa a terceira posição, com uma população de 58.527 pessoas, e a Cidade de Deus/Alfredo Nascimento, em Manaus (AM), vem logo depois, com 55.821 moradores.

A distribuição das vinte comunidades mais populosas do Brasil revela uma predominância da região Norte, com oito dessas áreas, sendo sete delas em Manaus (AM). O Sudeste abriga sete dessas favelas, enquanto o Nordeste possui quatro e o Centro-Oeste apenas uma, que é o Sol Nascente.

Gráfico mostra ranking das maiores favelas do país em número de moradores | Reprodução/IBGE
Gráfico mostra ranking das maiores favelas do país em número de moradores | Reprodução/IBGE

Diferenças regionais e populações vulneráveis

As regiões Norte e Centro-Oeste possuem as unidades da federação com as maiores proporções de suas populações residindo em favelas e comunidades urbanas. No Amazonas, por exemplo, 34,7% dos habitantes vivem nessas áreas, seguido de Amapá (24,4%) e Pará (18,8%).

Quando o critério é o número de domicílios, a Rocinha permanece no topo, com 30.371 unidades. Também no Rio de Janeiro, Rio das Pedras é a segunda com o maior número de residências, sendo 23.846, e o Sol Nascente segue em terceiro, com 21.889 domicílios.

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Perfil populacional: juventude, raça e cor

O perfil em idade nas favelas indica uma população mais jovem do que a média nacional. A idade mediana dos moradores dessas áreas é de 30 anos, enquanto a população do país é de 35 anos. Além disso, o índice de envelhecimento é de 45,0 nas favelas, bem menor que o índice nacional, que é de 80,0. Isso significa que existiam 45 idosos, com 60 anos ou mais, para cada 100 crianças de 0 a 14 anos.

As favelas também apresentam uma maior presença de pessoas autodeclaradas pardas e pretas: 56,8% e 16,1%, respectivamente. Já a população total desses grupos representa 45,3% e 10,2%, respectivamente. Por outro lado, a proporção de brancos é bem menor, com 26,6% nas favelas, enquanto na população geral é de 43,5%.

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Infraestrutura: predominância de estabelecimentos religiosos

Nas favelas e comunidades urbanas, foram identificados um total de 958.251 estabelecimentos, dos quais 7.896 são de ensino e 2.792 de saúde.

Um dado que chama atenção é o alto número de espaços destinados a práticas religiosas, totalizando 50.934. Isso significa que, proporcionalmente, há 18,2 estabelecimentos religiosos para cada unidade de saúde e 6,5 para cada escola nessas áreas.

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