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Brasil tinha 14,4 milhões de pessoas com deficiência em 2022; concentração está na população idosa

Dados de Censo do IBGE foram divulgados nesta sexta-feira (23) e mostram que percentual de mulheres deficientes é maior que de homens

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Cerca de 5,2 milhões de pessoas no Brasil têm dificuldade para andar ou subir degraus | Reprodução Paulo Pinto/Agência Brasil
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Dados do Censo 2022, publicado nesta sexta-feira (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que o Brasil tinha 14,4 milhões de pessoas com deficiência. O número corresponde a 7,3% dos 198,3 milhões de brasileiros com 2 anos ou mais de idade, no ano da pesquisa. O maior percentual está concentrado em mulheres, idosos e moradores da região Nordeste.

A pesquisa “Censo Demográfico 2022: Pessoas com Deficiência e Pessoas Diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista - Resultados preliminares da amostra” identificou que "idosos com 60 anos ou mais representavam 45,4% das pessoas com deficiência, enquanto na população sem deficiência eles eram 14%". Apenas 2,2% da população de 2 a 14 anos apresentava algum tipo de deficiência, enquanto na faixa dos 15 aos 59 anos esse percentual sobe para 5,4%.

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Em todas as Grandes Regiões, segundo o IBGE, as mulheres com deficiência eram mais numerosas do que os homens nessa condição. As mulheres com deficiência eram 8,3 milhões, já os homens, 6,1 milhões. O número pode estar associado ao fato que a população feminina brasileira apresenta maior longevidade em relação a masculina.

Gráfico do levantamento do Censo 2022 | Divulgação IBGE
Gráfico do levantamento do Censo 2022 | Divulgação IBGE

Em 16,0% dos domicílios em que o levantamento foi realizado, pelo menos um morador tinha deficiência. O Nordeste apresentou o maior percentual (19,5%), seguido por Norte (17,8%), Sudeste (14,7%), Centro-Oeste (14,3%) e Sul (14,1%). Nos nove estados nordestinos, os percentuais de pessoas com deficiência superaram a média nacional (7,3%).

Alagoas apresentou a maior proporção de pessoas com deficiência do país, com 9,6%. Piauí (9,3%), Ceará e Pernambuco (ambos com 8,9%) vinham logo a seguir. Fora do Nordeste, o Rio de Janeiro foi o estado com maior número (7,4%).

“Embora ainda não seja possível avaliar através dos dados do Censo 2022, a relação da incidência de deficiência com a renda, há estudos que identificam uma correlação entre a prevalência da deficiência com menor acesso a serviços básicos, educação, saúde e qualidade de vida em geral", afirma Luciana dos Santos, analista do IBGE.

O levantamento ainda aponta, em relação aos tipos de dificuldade funcional, que 7,9 milhões de pessoas tinham dificuldade de enxergar, seguido de dificuldade para andar ou subir degraus, com 5,2 milhões de brasileiros. Para pegar pequenos objetos ou abrir e fechar tampas, o número é 2,7 milhões, já para ouvir, 2,6 milhões de pessoas.

Cerca de 63,1% das pessoas, com 25 anos ou mais deficientes, não tinham instrução ou não haviam completado o ensino fundamental no Brasil. Entre as pessoas sem deficiência, essa proporção era quase a metade, com 32,3%. Em 2022, apenas 7,4% das pessoas com deficiência haviam concluído o ensino superior, enquanto 19,5% das pessoas sem as condições terminaram os estudos.

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O instituto informou que os dados não podem ser comparados com os de outros censos, porque o questionário utilizado em 2022 foi diferente. Por isso, o levantamento não faz comparações com pesquisas anteriores.

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