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Bicheiro Rogério de Andrade é transferido para presídio federal

Contraventor foi para Campo Grande; ele está preso desde o final de outubro, acusado de mandar matar o rival Fernando Iggnácio

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Contraventor foi transferido na Base Aérea do Galeão
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O bicheiro Rogério de Andrade foi transferido nesta terça-feira (12) para o Presídio Federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, por decisão da Justiça. O contraventor estava preso na Penitenciária de Bangu I, no Rio de Janeiro, desde 29 de outubro.

+ Quem é Rogério de Andrade, bicheiro detido pela morte do rival Fernando Iggnácio

Para ser transferido, ele foi levado até a Base Aérea do Galeão, na Ilha do Governador, e então colocado em uma aeronave da Polícia Federal (PF) para fazer a transferência.

A mudança de presídio já vinha sendo resolvida desde o início da prisão dele com a Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen). Rogério de Andrade foi preso após nova denúncia do Ministério Público, que aponta que ele é o autor do plano de assassinato de Fernando Iggnácio. Os dois herdaram os negócios criminosos de Castor de Andrade, considerado o "maior bicheiro do Brasil".

Rogério exerceria a função de chefe de grupo criminoso voltado para a prática de diversos crimes, como homicídio, corrupção, contravenção e lavagem de dinheiro, com contatos em órgãos de segurança estaduais.

O Ministério Público afirma que Rogério Andrade teria ordenado a morte do rival através de mensagens por um aplicativo criptografado. No último dia 4, a Justiça negou dois pedidos de relaxamento de prisão para o bicheiro.

Rogério de Andrade

Considerado um dos maiores contraventores do estado, Andrade ocupa a posição de presidente de honra da escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel. O contraventor, que já foi preso em outras operações e usou tornozeleira eletrônica por um ano e meio, obteve no ano passado uma decisão do Ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), que permitiu a retirada do monitoramento e revogou a ordem que o mantinha em casa após as 18h.

A trajetória de Rogério de Andrade é marcada por episódios de violência. Em 2010, o filho do contraventor, Diogo de Andrade, de 17 anos, foi vítima de um atentado à bomba na Barra da Tijuca e morreu. Rogério de Andrade também estava presente no momento do ataque, mas sobreviveu.

Sobrinho de Castor de Andrade, um dos mais influentes nomes do jogo do bicho, ele foi o braço direito do antigo patrono da Mocidade Independente de Padre Miguel, falecido em 1997.

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