Publicidade
Brasil

Associação aciona MPF contra Meta por permitir associação de LGBT a doença

A denúncia ocorre após a companhia alterar suas políticas permitindo que usuários associem a transsexualidade e a homossexualidade a doenças mentais

Imagem da noticia Associação aciona MPF contra Meta por permitir associação de LGBT a doença
Reprodução | Redes Sociais
Publicidade

A Associação Nacional de Travestis e Transsexuais (Antra) protocolou uma representação no Ministério Público Federal (MPF) contra a Meta, empresa responsável pelo Facebook, Instagram e WhatsApp. A denúncia ocorre após a companhia alterar as políticas nesta terça-feira (7), permitindo que usuários associem a transexualidade e a homossexualidade a doenças mentais.

“O estado brasileiro precisa dar respostas contundentes a essa situação! Inadmissível que isso ocorra quando temos leis que nos protegem!”, informou a organização em uma rede social.

+ Meta anuncia fim da checagem de fatos e adotará "notas de comunidade", modelo semelhante ao X

A Meta anunciou o fim das restrições para postagens relacionadas a imigração e gênero e alterou sua política sobre discursos de ódio. A mudança agora permite que a transsexualidade e a homossexualidade sejam associadas a doenças mentais ou anormalidades, desde que o contexto seja de discurso político ou religioso.

“Nós permitimos alegações de doença mental ou anormalidade quando baseadas em gênero ou orientação sexual, dado o discurso político e religioso sobre transgenerismo e homossexualidade”, afirma a empresa responsável pelo Facebook e Instagram.

+ Ministério Público Federal quer saber se novas regras da Meta serão aplicadas no Brasil

As mudanças implementadas pela Meta atendem a exigências do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a regulamentação das redes sociais. O CEO da Meta, Mark Zuckerberg, declarou ainda que pretende apoiar Trump em ações contra países que impõem regras ao funcionamento das plataformas.

Para a Antra, a mudança busca permitir os ataques contra as pessoas trans nas redes sociais. “É óbvio que os fanáticos anti-trans ficariam felizes que suas desinformações, ataques e mentiras possam circular livremente no Facebook e no Instagram, fato que no X e Telegram isso já acontecia”, completou o grupo.

+ Zuckerberg muda regras de moderação de suas redes sociais: o que isso significa para o Brasil?

A Organização Mundial da Saúde (OMS) não considera homossexualidade ou outras condições sexuais como doença desde maio de 1990, quando retirou essa condição sexual da “Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde”.

*Com informações da Agência Brasil

Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade