Publicidade
Brasil

Aluna que presenciou atentado em escola de Suzano será indenizada pelo governo de SP

Jovem alegou acompanhamento especializado e uso de medicação para controle de transtorno psiquiátrico

Imagem da noticia Aluna que presenciou atentado em escola de Suzano será indenizada pelo governo de SP
Massacre aconteceu na Escola Estadual Raul Brasil | Reprodução
Publicidade

A Justiça de São Paulo condenou o governo do estado a indenizar uma estudante que presenciou o atentado na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano. A decisão, divulgada na quarta-feira (16), manteve o parecer da 3ª Vara Cível de Suzano, que fixou a indenização por danos morais em R$ 20 mil.

+ Ataques em escolas: relembre episódios no Brasil

O ataque ocorreu no dia 13 de março de 2019. Na data, dois ex-alunos invadiram a instituição e mataram sete pessoas a tiros, e depois se suicidaram. Foi o segundo maior ataque a escolas brasileiras, atrás somente do massacre na Escola Tasso da Silveira, em Realengo (RJ), em 2011, que deixou 12 mortos.

Em razão do episódio em Suzano, a jovem que presenciou o ataque precisou seguir com acompanhamento especializado, fazendo uso de medicação para controle de transtorno psiquiátrico.

Em seu voto, a relatora do recurso, Paola Lorena, destacou que os danos morais são evidentes “tendo-se em conta a tragédia vivida pela parte autora, evento que decorreu, em parte, da falha na prestação do serviço de segurança pelo Poder Público Estadual”. A magistrada também citou o nexo de causalidade, que, na época, autorizou a indenização às vítimas e familiares dos envolvidos na tragédia.

“Face à inércia do demandado em promover a reparação às vítimas do evento, nos termos da legislação de regência, é de rigor o reconhecimento do dever de indenizar”, frisou Paola

Relembre a tragédia

Na manhã do dia 13 de março de 2019, dois jovens de 17 e 25 anos invadiram a escola estadual Professor Raul Brasil, localizada em Suzano, na região metropolitana de São Paulo, e abriram fogo contra alunos e funcionários. Sete pessoas foram mortas e outras 11 ficaram feridas.

Os assassinos Guilherme Tauci Monteiro e Luiz Henrique de Castro se suicidaram após a chegada da Força Tática ao local. Ambos foram identificados por testemunhas como ex-alunos da escola.

No local, a polícia militar encontrou um revólver 38, uma besta (uma arma semelhante a um arco e flecha), coquetéis molotov e uma mala com fios. Estudantes que presenciaram o ataque ainda alegaram que os criminosos possuíam uma faca e um machado pequeno.

Antes do ataque à escola, o atirador mais novo havia executado o próprio tio. Jorge Antônio Moraes era comerciante e proprietário de uma loja de automóveis, próxima ao local do atentado.

Segundo a investigação, os agressores eram ativos em fóruns da internet, onde predominam os discursos de ódio, bullying e nazismo. Os policiais concluíram que o ataque foi planejado, mas não identificaram a motivação. Na imprensa, jornais apontaram para a similaridade do atentado com o massacre na escola de Columbine, no Colorado (EUA), em 1999, quando dois ex-alunos assassinaram 13 pessoas e feriram 24.

Publicidade
Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade