Alexandre de Moraes prorroga mais uma vez inquéritos das fake news e milícias digitais
O ministro deu mais 180 dias para conclusão das investigações, atendendo a pedido feito pela Polícia Federal (PF)
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes prorrogou, mais uma vez, os inquéritos das milícias digitais e das fake news. O relator atendeu a pedido feito pela Polícia Federal, e estendeu as investigações ao conceder novo prazo de 180 dias para cada.
Com essa prorrogação, o inquérito das fake news (Inq 4781) fica um pouco mais próximo de completar seis anos de duração. Teve início em março de 2019, praticamente no início do governo de Jair Bolsonaro (PL). O então presidente foi incluído no inquérito em agosto de 2021, por questionar a confiabilidade das urnas eletrônicas. Aliados e apoiadores também estão entre os alvos.
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Já o inquérito das milícias digitais (Inq 4874) foi aberto em julho de 2021. Apura a suposta instalação do chamado “gabinete do ódio” por assessores e aliados próximos a Bolsonaro. As suspeitas são de que os envolvidos criaram uma estrutura bem organizada com objetivo de caluniar, difamar e injuriar adversários e críticos do então governo Bolsonaro, entre outros crimes.
Atentado contra a democracia
Ao prorrogar o inquérito das milícias digitais, Moraes reiterou a “presença de fortes indícios e significativas provas apontando a existência de uma verdadeira organização criminosa, de forte atuação digital e com núcleos de produção, publicação, financiamento e político absolutamente semelhantes àqueles identificados no Inq. 4.781, com a nítida finalidade de atentar contra a democracia e o Estado de Direito”.
Bolsonaro nega os crimes e diz ser alvo de perseguição política.