Cerca de 5 mil km² estão sob risco de desmatamento na Amazônia em 2024
Estados do Pará, Mato Grosso e Amazonas lideram ranking de áreas ameaçadas
Camila Stucaluc
A ferramenta de inteligência artificial do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), chamada de PrevisIA, apontou que cerca de 5 km² da Amazônia estão sob risco médio, alto ou muito alto de devastação até julho de 2024. Ao todo, são estimados 8.959 km² ameaçados na Amazônia entre julho de 2023 e agosto do ano que vem.
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Entre os estados, o maior desafio para evitar o desmatamento será do Pará, que concentra 38% das florestas ameaçadas. Mato Grosso e Amazonas completam o top três, com 17% e 16% das áreas sob risco, respectivamente.
Apesar de terem territórios menores, os estados do Acre, Rondônia e Roraima também chamam a atenção, uma vez que já apresentam áreas acima de 400 km² ameaçados. Caso o número não diminua, os estados podem registrar uma devastação de quase 150 campos de futebol por dia entre agosto de 2023 e julho de 2024.
Em relação às áreas protegidas, a situação mais crítica é encontrada no Pará. Das 20 terras indígenas e unidades de conservação com as maiores áreas sob risco de derrubada, 15 ficam em solo paraense. Os territórios Karipuna, em Rondônia, e Yanomami, no Amazonas e em Roraima, são os dois únicos de outros estados entre as 10 áreas dos povos originários sob maior risco de devastação.
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Já entre as 10 unidades de conservação com as maiores áreas sob risco, sete também ficam no Pará, incluindo o abrigo da quarta maior árvore do mundo. É o caso da Floresta Estadual (Flota) do Paru, no norte do estado, onde foi localizado um angelim-vermelho de 88,5 metros de altura, duas vezes maior que o Cristo Redentor.