Coronel vê falha da PMDF no 8/1 e nega "apagão na Inteligência" em depoimento à CPI da CLDF
"Houve falha nossa que tem que ser estudada", admitiu ex-chefe da Inteligência da polícia Reginaldo Leitão; militar é o último interrogado da comissão
Ricardo Brandt
O coronel Reginaldo de Souza Leitão, ex-chefe do Centro de Inteligência da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) no 8 de janeiro, admitiu que houve falha na contenção dos golpistas. Ouvido na manhã desta 5ª feira (16.nov) na CPI dos Atos Antidemocráticos, da Câmara Legislativa do DF (CLDF), ele negou o "apagão na Inteligência" da corporação.
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"Não teve como dizer que não houve falha da Polícia Militar, porque houve. Nós vimos o rompimento das barreiras", afirmou Leitão. "Houve falha nossa que tem que ser estudada, caberá aos próximos gestores identificar o que aconteceu para que isso não se repita."
O depoimento do ex-chefe da Inteligência da PM-DF encerra os interrogatórios da CPI do DF, que apresenta seu relatório final no próximo dia 29.
Leitão rebateu a tese de "apagão na Inteligência", termo usado por autoridades, entre elas o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), para justificar a falha na segurança no dia 8 de janeiro, que resultou na invasão e depredação dos prédios-sede dos Três Poderes.
"Esse apagão não houve", afirmou Leitão. Segundo ele, os informes da inteligência da PM registraram os riscos de agressividade dos manifestantes e foram distribuídos ao comando.
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