Associação de docentes da USP anuncia greve em apoio a estudantes
Alunos reivindicam contratação de professores e pedem um novo projeto de permanência estudantil
Camila Stucaluc
A Associação dos Docentes da Universidade de São Paulo (USP) aprovou, em assembleia realizada na noite de 3ª feira (26.set), a paralisação da categoria até a próxima 2ª feira (2.out). A decisão ocorreu em apoio à greve dos estudantes, que começou na última semana e já conta com ao menos 12 cursos da instituição de ensino.
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Os alunos pedem um novo projeto de permanência estudantil e reivindicam a contratação de professores. Isso porque, segundo um balanço da Associação, o corpo docente da USP encolheu 17,5% entre 2014 e agosto deste ano, passando de 6 mil professores para 4,9 mil. O número de cursos ofertados pela universidade, por sua vez, cresceu 150%.
A greve foi iniciada pelos alunos de Letras da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), que alegaram que a defasagem no quadro de professores tem colocado em risco a continuidade de algumas disciplinas. Pouco tempo depois, os estudantes do curso de Direito da USP aderiram à paralisação.
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Em nota divulgada na 4ª feira (27.set), a reitoria da USP informou que tem como "pauta primordial" a contratação de novos docentes e que já garantiu a distribuição de 879 cargos a todas as unidades de ensino e pesquisa da universidade. A reitoria disse ainda que as faculdades podem, caso necessitem, solicitar a contratação de docentes temporários.