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CPI da CLDF: ex-chefe interino de operações da PMDF nega ter aberto a Esplanada antes do 8/1

Paulo José Ferreira de Sousa Bezerra disse não ter sido comunicado sobre planejamento de segurança e possibilidade de ataque

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Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos, na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), o coronel da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) Paulo José Ferreira de Sousa Bezerra afirmou que não foi informado, por nenhum meio, sobre uma reunião operacional que supostamente ocorreu antes dos ataques golpistas que resultaram na destruição de prédios públicos em Brasília, no dia 8 de janeiro.

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De acordo com Bezerra, que atuava como chefe interino do Departamento de Operações (DOP) da PMDF na época dos ataques, essa reunião foi realizada entre a cúpula da PMDF e a Secretaria de Segurança Pública, mas nenhuma informação foi compartilhada e nenhum ofício solicitando reforço para acompanhar as pessoas que se dirigiam ao Congresso Nacional, ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Palácio do Planalto foi recebido.

Paulo José alegou ter sido excluído da comunicação interna da PM, uma vez que estava de férias desde novembro e a corporação o convidou a permanecer afastado até o dia 2 de janeiro, sem justificativa alguma.

Segundo o coronel, entre o sábado (7 de janeiro) e o domingo (8 de janeiro), ele foi informado apenas de que os eventos seriam pacíficos, razão pela qual os batalhões sob seu comando deveriam permanecer em alerta, e não em prontidão.

Bezerra afirmou que não teve conhecimento de nenhum encontro relacionado à segurança na Esplanada dos Ministérios e que as decisões estratégicas foram tomadas pela subsecretária de Operações Integradas, coronel Cíntia Queiroz, e por membros da Secretaria de Segurança Pública.

Além disso, ele negou ter autorizado o acesso dos manifestantes antidemocráticos à Esplanada dos Ministérios e classificou as informações dadas pelo coronel Marcelo Casimiro em seu depoimento à CPI, em junho, como falsas.

Na ocasião, quando compareceu à Câmara, Marcelo afirmou que Bezerra havia permitido a quebra do isolamento para que as pessoas tivessem acesso à Esplanada, sob a alegação de que o governador Ibaneis Rocha (MDB-DF) havia telefonado e autorizado a ação.

"Eu nunca recebi uma ligação como esta, seria uma honra receber uma ligação do governador, mas isso não aconteceu. O governador Ibaneis não sabe nem que eu existo", afirmou Bezerra, negando as acusações.

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