Mauro Cid terá que usar tornozeleira eletrônica e foi afastado do Exército
Alexandre de Moraes impôs uma série de medidas cautelares ao ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; confira
Gabriella Furquim
Preso há 139 dias, o tenente-coronel Mauro Cid deixou o Batalhão da Polícia Militar por volta das 14h37, ao lado do advogado Cezar Bitencourt. A saída dele foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
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Por volta das 16h, Cid chegou na sua casa, na Vila Militar, em Brasília, após a instalação da tornozeleira eletrônica e da realização de exame de corpo de delito.
Na decisão que homologou o acordo de colaboração, Moraes impôs uma série de medidas cautelares ao ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. Entre elas, o uso de tornozeleira eletrônica, a suspensão do porte de arma de fogo e o cancelamento de todos os passaportes do militar. Além disso, o tenente-coronel foi afastado de suas funções no Exército.
Moraes flexibilizou, no entanto, o encontro com familiares. O ministro proibiu que Cid fale com outros investigados, inclusive por meio de seus advogados. Mas incluiu como exceções a esposa de Cid, Gabriela Cid, e o pai, Mauro Cesar Lourena Cid. Os dois também são alvos de inquéritos da Polícia Federal (PF).
Em um dos inquéritos, Gabriela chegou a admitir que usou certificado falso de vacinação contra a Covid-19 e responsabilizou o marido. Em outra frente, ela é investigada por articular um suposto plano golpista para afastar ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Conversas de Gabriela Cid foram registradas em relatório da PF. Relembre:
Já o general Lourena Cid é investigado no inquérito que apura a venda ilegal de joiás no exterior. Investigação da PF apontou que uma das fotos utilizadas para negociar a venda de itens recebidos como presente oficial revela o rosto do general no reflexo da caixa. Veja: