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Morte de Marielle Franco completa 2 mil dias sem solução

Em entrevista ao Brasil Agora, coordenadora do Dicionário Marielle Franco, Sonia Fleury, discute o legado da vereadora

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Marielle
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Em entrevista à jornalista Isabel Mega, no programa Brasil Agora desta 2ª feira (4.set), a coordenadora do Dicionário de Favelas Marielle Franco, Sonia Fleury, discutiu o legado da vereadora, assassinada há 2 mil dias. Para a cientista política, Marielle tornou-se um símbolo nacional e internacional no combate à violência política e representa um movimento que fortalece a democracia.

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"Ela deixou inúmeras sementes, e hoje nós vemos em diferentes estados, que pessoas de minorias -- minorias socias, mas maiorias como mulheres, negros, LGBT+, todas elas estão podendo ter um protagonismo na política pública. Isso é fundamental, não há democracia se não há diversidade". 

Marielle contribuiu para o projeto do Dicionário de Favelas antes de ser assassinada. Sonia Fleury acredita que a figura política de Marielle, que teve uma votação expressiva quando se elegeu vereadora, incomodou muita gente e contribuiu para mostrar o potencial da favela. 

"Faz parte dessa história da própria Marielle e de um conjunto de outras lideranças de favela, essa reconstrução da cidade, entendendo que a favela é parte da cidade, entendento que ali tem um potencial enorme de criação e de empreendedorismo e de inovação". 

Sônia considera que a morte de Marielle intensificou um movimento que já estava sendo construído de melhora da autoestima dos moradores da favela. Ela citou como exemplo a solidariedade e a inovação que surgiram durante a pandemia nas comunidades.

Assista à entrevista completa no Brasil Agora, a partir de 56min e 40seg:

Investigação

A professora também criticou a demora para solucionar o assassinato de Marielle e ressaltou que a falta de esclarecimento de homicídios é algo bastante comum no Brasil. "Nossos indicadores mostram que menos que 40% dos homicídios são elucidados pela polícia, como quase dizer que é uma política pública no qual o crime compensa", avaliou Sonia Fleury.

+ Da CPI à morte de Marielle Franco: a história da milícia no Rio 

Marielle Franco foi baleada à queima-roupa no dia 14 de março de 2018. O motorista Anderson Gomes também foi atingido. Até agora, duas pessoas foram acusadas pelos homicídios: o policial militar reformado Ronnie Lessa e o ex-policial militar Élcio Queiroz. 

Eles estão presos desde 2019 e aguardam julgamento pelo tribunal do júri. Em julho deste ano, o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa foi preso após uma delação premiada de Queiroz e transferido para um presídio federal em Brasília.

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