Publicidade
Brasil

Movimentos negros fazem atos contra a violência policial no Brasil

Manifestações também pedem justiça pela morte da líder quilombola Mãe Bernadete, na Bahia.

Imagem da noticia Movimentos negros fazem atos contra a violência policial no Brasil
Imagem mostra criança em protesto
• Atualizado em
Publicidade

Movimentos negros de pelos menos 27 cidades brasileiras fizeram atos, nesta 5ª feira (24.ago), para protestar contra a violência policial no Brasil. Centenas de pessoas se reuniram em frente à Igreja da Candelária, no centro do Rio de Janeiro. Depois, a multidão seguiu em passeata. O ato marca a jornada dos movimentos negros contra o abuso policial.

+ Leia as últimas notícias no portal SBT News

Além de pedir o fim das intervenções violentas pelas forças de segurança - principalmente, em comunidades - o movimento também cobra mais agilidade na investigação dos crimes desse tipo. No Rio de Janeiro, 651 pessoas morreram por intervenção de agentes do estado só este ano, segundo o Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro.

Um drama que Ana Paula de Oliveira sentiu na pele. Ela perdeu o filho, Johnata, em 2014. Segundo as investigações, ele foi baleado por policiais ao sair da casa da namorada, numa comunidade. O caso só deve ir a júri popular no ano que vem. "O Brasil tem um histórico de impunidade muito grande, que dá legitimidade pra essa barbárie, pra esse genocídio, e faz com que a polícia se sinta muito à vontade pra continuar matando", conta Ana Paula, que também é cofundadora do Movimento Mães de Manguinho.

Os atos se espalharam por outras cidades do Brasil, como São Paulo, Porto Alegre, Rio Branco, São Luís e Recife. Em Salvador, o grupo se reuniu em frente à Igreja Nosso Senhor do Bonfim. Os atos também cobram justiça pela morte da líder quilombola Mãe Bernadete, há uma semana. Ela foi assassinada a tiros, dentro de casa, em um quilombo na região metropolitana de Salvador.

Para o interlocutor da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa do Rio de Janeiro, um crime grave, que exige respostas. "A invasão de um espaço religioso, que é inviolável pela constituição, não só atingiu os religiosos de matriz africana nem as comunidades negras dos quilombolas. A sociedade foi atingida"

Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade