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Brasil

Lula, Dilma e Temer não receberam presentes da Arábia Saudita e Bahrein; veja listas

Itens recebidos por Bolsonaro e citados em investigação foram entregues pelos dois países

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Lula, Dilma e Temer
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Entre os presentes recebidos por Lula (PT) nos dois primeiros mandatos e Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB) nos seus e que foram incorporados ao patrimônio da União, não há nenhum dado pela Arábia Saudita e Bahrein, países que presentearam Jair Bolsonaro com a maioria dos itens que, segundo investigação da Polícia Federal (PF), depois teriam sido desviados e negociados por ex-auxiliares do político do PL.

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As listas dos presentes recebidos por Temer, Dilma e Lula são disponibilizadas pela Secretaria-Geral da Presidência da República na plataforma gov.br. Constam 454 recebidos pelo petista, 129 pela ex-presidente e 57 pelo emedebista.

Temer e Dilma não fizeram viagens de caráter diplomático para a Arábia Saudita e Bahrein enquanto presidentes. Lula, por sua vez, não fez ao Bahrein, mas esteve na Arábia Saudita de 16 a 17 de maio de 2009. Na ocasião, encontrou-se com o rei Abdullah do país e reuniu-se com investidores e empresários sauditas.

Já Jair Bolsonaro esteve na Arábia Saudita de 28 a 30 de outubro de 2019, e no Bahrein de 16 a 17 de novembro de 2021. Foi nessas viagens que recebeu parte dos itens citados na investigação em curso: kit ouro rosé, que consiste num conjunto de itens masculinos da marca Chopard; kit ouro branco, que é um kit de joias, contendo, por exemplo, um relógio da marca Rolex; e duas esculturas douradas, sendo uma de um barco e outra de uma palmeira. O outro item, um relógio da marca Patek Philippe, possivelmente foi recebido por Bolsonaro durante viagem oficial ao Bahrein, em novembro de 2021.

Um diagrama feito pela PF mostra que Osmar Crivelatti, tenente do Exército e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, junto a outro assessor do político, enviaram as esculturas para serem avaliadas e vendidas sem sequer terem sido registradas no acervo privado do presidente. As peças foram presenteadas a Bolsonaro quando ele participou de um seminário em Manama, no Bahrein.

Em relação ao relógio Rolex, de acordo com a PF, Frederick Wassef -- ex-advogado da família Bolsonaro -- teria viajado aos Estados Unidos para recomprá-lo por um valor bem maior. Ele havia sido vendido pelo general Lourena Cid. A peça desviada do acervo presidencial teria que ser devolvida ao Tribunal de Contas da União (TCU). O relógio foi recuperado em março deste ano. Depois de retornar com o bem ao Brasil, Wassef o entregou a Mauro Cid em São Paulo, que voltou para Brasília e o repassou a Crivelatti. O kit ouro branco, do qual o Rolex faz parte, havia sido presenteado a Bolsonaro na Arábia Saudita.

A investigação indica que a equipe do político usou o avião presidencial para sair do país com os quatro conjuntos de bens e que os envolvidos atuavam como uma organização criminosa.

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