Mulheres dedicam quase 10 horas semanais a mais do que homens em tarefas domésticas
Desigualdade, embora ainda muito alta, diminuiu em relação a 2019. Pesquisa foi divulgada nesta 6ª pelo IBGE
As mulheres dedicaram 9,6 horas semanais a mais do que os homens em tarefas domésticas ou cuidados de pessoas em 2022. É o que mostra o módulo da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua sobre outras formas de trabalho, divulgado pelo IBGE nesta 6ª feira (11.ago).
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
Enquanto as mulheres gastaram 21,3 horas por semana com os afazeres domésticos, esse número foi de 11,7 horas para os homens. A divisão é desigual mesmo entre os que "trabalham fora": as mulheres ocupadas dedicam 6,8 horas a mais que os homens ocupados.
O levantamento considera como tarefas domésticas as seguintes atividades não remuneradas:
- Preparar ou servir alimentos, arrumar a mesa ou lavar a louça;
- Cuidar da limpeza ou manutenção de roupas e sapatos;
- Fazer pequenos reparos ou manutenção do domicílio, do automóvel, de eletrodomésticos ou outros equipamentos;
- Limpar ou arrumar o domicílio, garagem, quintal ou jardim;
- Cuidar da organização do domicílio (pagar contas, contratar serviços, orientar empregados);
- Cuidar dos animais domésticos.
A diferença, embora ainda muito alta, diminuiu em relação à última pesquisa, de 2019. Naquele ano, as mulheres trabalharam 10,6 horas por semana a mais do que os homens dentro de casa. As outras formas de trabalho não foram investigadas em 2020 e 2021, por causa da pandemia de covid-19.
No total, 91,3% das mulheres realizaram alguma atividade relacionada a afazeres domésticos em 2022, proporção que foi de 79,2% entre os homens. Entre as mulheres, são as pretas que realizam mais afazeres domésticos (92,7%), seguidas das pardas (91,9%) e só então as brancas (90,5%).
De acordo com o levantamento do IBGE, os homens mais instruídos participam mais das tarefas domésticas. Enquanto a taxa entre homens sem instrução ou com ensino fundamental incompleto é de 74,4%, o número chega a 86,2% entre os homens com curso superior completo.
A maior diferença entre as taxas de realização de afazeres domésticos por sexo ficou com o Nordeste, com 18,1 pontos percentuais a mais para as mulheres. O Sul foi a região com a menor desigualdade, com 9,3 pontos percentuais a mais para elas.
Leia também: