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Brasil

Aumento abusivo nos preços de combustíveis deixa governo em alerta

Prática fez com que Ministério da Justiça pedisse fiscalização nos estabelecimentos no país

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Abuso de preços do combustível no Brasil deixa governo em alerta
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Após a Petrobras anunciar a mudança na política de preços da estatal, na 3ª feira (16.mai), reduzindo o valor da gasolina, diesel e gás de cozinha (GLP) para as distribuidoras, com início para hoje (17.mai), o governo federal passa priorizar a fiscalização nos postos de combustíveis que, supostamente, não estariam repassando a redução ao consumidor.
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O secretário Nacional do Consumidor (Senacon), Wadih Damous, emitiu um ofício aos Procons estaduais e municipais, solicitando um monitoramento dos preços dos combustíveis.

No documento, Damous pede que as entidades realizem um levantamento detalhado sobre os preços e que verifiquem aumentos abusivos.

"Nós queremos monitorar se essa redução chegou ao bolso das consumidoras e dos consumidores. Não aceitaremos que postos se valham de fraude para aumentar os preços hoje e dizerem que reduziram amanhã. Esses postos estarão sob a nossa fiscalização e sanções serão aplicadas em caso de fraude", disse o secretário.

Ele também publicou em sua conta no Twitter que a Secretaria não vai "tolerar fraudes", assim "como o aumento prévio e abusivo que vem sendo noticiado na imprensa". Leia abaixo a declaração:

O Procon de João Pessoa (PB) é um dos que já começaram a operação na capital paraibana para conferir se os postos não estão agindo de má-fé.  

"Nossas pesquisas nos dão um parâmetro para avaliarmos se a redução nos preços está chegando às bombas. Portanto, o posto que adquirir esses produtos com redução nos preços, tem que repassar para o consumidor", afirmou o secretário Rougger Guerra em nota. 
"Usaremos o rigor da lei, como a aplicação de multas, aos estabelecimentos que não praticarem a redução prevista', completou.

Repasse não será imediato, diz sindicato dos distribuidores

O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e de Lubrificantes do Distrito Federal (Sindicombustíveis-DF), Paulo Tavares, disse que o preço real dos combustíveis os valores não chegarão ao consumidor de imediato, pois as distribuidoras ainda vão repassar os combustíveis em estoque com o preço anterior.

"É importante lembrar que nós não compramos da Petrobras, nós compramos das distribuidoras. E, obviamente, as distribuidoras têm um estoque de dez dias aproximadamente. Então, ela tem um produto no seu estoque muito mais caro do que o que ela vai comprar amanhã. Então, ela precisa desovar o seu estoque. Aí, aos poucos, elas vão repassando essa queda de preço", disse Tavares em entrevista ao jornalista Leonardo Cavalcanti, no Poder Expresso, do SBT News na 3ª feira (16.mai).

Expectativa na queda dos preços

Um usuário do Twitter, Bruno Freire, afirmou na manhã desta 4ª na rede, que o preço do combustível em Fortaleza (CE) ainda não abaixou.

Segundo os dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP), o preço médio da gasolina na cidade do Rio de Janeiro, girava em R$ 5,52 por litro na semana passada, deve cair para R$ 5,07.

Já em São Paulo, o preço na bomba deve passar de R$ 5,38 para R$ 4,95.

Em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, já é possível encontrar o litro da gasolina por menos de R$ 5, devido ao impacto do anúncio feito pela estatal.

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