Funcionários do Sesc e do Senac protestam contra projeto de lei
Proposta prevê a transferência de 5% dos repasses destinados ao Sistema S para a Embratur
Nara Bandeira
Funcionários do Sesc e Senac protestaram, nesta 3ª feira (16.mai), contra o projeto de lei que prevê a transferência de 5% dos repasses destinados ao Sistema S para a Embratur (Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo). Os trabalhadores temem demissões e o encerramento dos trabalhos em unidades de todo o país.
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Sesc e Senac oferecem atividades gratúitas ou a preços acessíveis a partir do recolhimento de recursos das folhas de pagamento das empresas do setor de comércio e serviços.
Os trabalhos foram paralisados, nesta 3ª, em capitais como Belém, Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo
O projeto de lei, já aprovado na Câmara dos Deputados, está na pauta desta 4ª feira (17.mai) do Senado, mas há pedidos para que a votação seja adiada.
Segundo a Confederação Nacional do Comércio (CNC), o remanejamento da verba pode levar ao encerramento das atividades do Sesc e do Senac em mais de 100 unidades pelo país, com demissão de mais de 3.600 pessoas. Mais de R$ 260 milhões deixariam de ser investidos nos atendimentos gratuitos.
Segundo o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, a transformação em entidade autônoma, em 2020, levou à perda do orçamento: "sobram todos os anos do orçamento do Sesc Senac R$ 2 bilhões. Isso são números públicos. A gente está falando de um dinheiro público e de investimento no turismo".
Representantes do comércio contestam. "Esse recurso já está todo programado pra ser utilizado nesses próximos dois, três, quatro anos", diz Sebastião de Oliveira Campos, presidente do Sistema Fecomércio.
Assinaturas para o abaixo-assinado contra o projeto foram coletadas durante a manifestação.
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