Governador de MG sanciona lei que reajusta próprio salário em quase 300%
Romeu Zema defendeu que salários estavam congelados desde 2007; aumento também engloba vice e secretários
Camila Stucaluc
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), sancionou, na 4ª feira (3.mai), a lei que aumenta o próprio salário em 298%, passando de R$ 10,5 mil para R$ 41,8 mil. A medida, aprovada pela Assembleia Legislativa, também reajusta a remuneração do vice-governador, Mateus Simões (Novo), e dos secretários e secretários adjuntos.
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A proposta foi apresentada em março por Zema, que justificou que os salários estavam sem reajuste desde 2007 e que o aumento seria uma recomposição das perdas decorrentes da inflação. Com a publicação da lei, todos os reajuste serão feitos de forma escalonada, atingindo o valor cheio apenas em fevereiro de 2025:
Governador
- R$ 37.589,96 a partir de 1º de abril de 2023;
- R$ 39.717,69 a partir de 1º de fevereiro de 2024;
- R$ 41.845,49 a partir de 1º de fevereiro de 2025.
Vice-governador
- R$ 33.830,96 a partir de 1º de abril de 2023;
- R$ 35.745,92 a partir de 1º de fevereiro de 2024;
- R$ 37.660,94 a partir de 1º de fevereiro de 2025.
Secretários de Estado
- R$ 31.238,19 a partir de 1º de abril de 2023;
- R$ 33.006,39 a partir de 1º de fevereiro de 2024;
- R$ 34.774,64 a partir de 1º de fevereiro de 2025.
Secretários adjuntos de Estado
- R$ 28.114,37 a partir de 1º de abril de 2023;
- R$ 29.705,75 a partir de 1º de fevereiro de 2024;
- R$ 31.297,18 a partir de 1º de fevereiro de 2025.
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Para o cálculo, foram utilizados como referência os salários de desembargadores do Tribunal de Justiça, no caso de Zema, e de deputados estaduais, no caso do secretário. Já para definir os subsídios do vice e do secretário adjunto, foi utilizado o percentual de 90% dos valores previstos, respectivamente, para o governador e para o secretário de Estado.