Governo atualiza 'lista suja' do trabalho escravo e soma 289 empregadores
Estados de Minas Gerais e Goiás lideram ranking de novos registros
Camila Stucaluc
O Ministério do Trabalho e Emprego incluiu, nesta 4ª feira (5.abr), mais 132 empregadores, entre pessoas físicas e jurídicas, à chamada "lista suja" do trabalho análogo à de escravo. O acréscimo é o maior já registrado desde 2017 - quando a lista começou a ser publicada -, fazendo com que o total de nomes cadastrados chegue a 289.
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
"Somente este ano já foram mais de mil resgates de trabalhadores nessa condição, nos três primeiros meses do ano. Vamos produzir um entendimento para que esses casos voltem a cair e possamos erradicar o trabalho análogo ao de escravo no Brasil. Aqueles que forem flagrados devem ser responsabilizados", disse o ministro da pasta, Luiz Marinho.
O político explicou que a atualização de hoje inclui decisões, entre os anos de 2018 e 2022, que não cabem mais recurso. O estado de Minas Gerais lidera o ranking de novos registros, com 35 empregadores cadastrados. Em seguida, aparecem Goiás (15), Piauí (13), Pará (11), Paraná (8), Maranhão (8), Bahia (7) e Santa Catarina (7).
Um levantamento do Ministério do Trabalho apontou que, apenas em 2022, 2.575 pessoas foram resgatadas de condições análogas à escravidão. A cifra foi resultado de 465 fiscalizações realizadas em todo o país, o que gerou R$ 8,1 milhões em indenizações, a título de verbas salariais e rescisórias.
Leia também
+ Argentina negocia volta de trabalhadores resgatados de trabalho escravo no RS
+ Governo estuda tirar terras de empregadores que praticam trabalho escravo
+ Trabalhador idoso é resgatado de situação análoga à escravidão no RS