Motta defende isenção do imposto de renda, mas sugere compensação para evitar desequilíbrio econômico
Segundo presidente da Câmara, que se reúne com Haddad nesta quarta (5), proposta precisa de planejamento
Ellen Travassos
Soane Guerreiro
O novo presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, falou sobre a proposta de isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil durante entrevista ao SBT, na noite desta terça-feira (4). Apesar de considerar a medida "simpática" e de impacto positivo para a população, Motta alertou para a necessidade de equilíbrio fiscal, destacando que a isenção deve vir acompanhada de compensações para evitar riscos à economia.
Ele afirmou que a isenção do IR para faixas de menor renda é uma pauta importante e bem-vinda, mas ressaltou que sua implementação precisa ser cuidadosamente planejada. "Não adianta dar isenção se isso não estiver alinhado com a questão da economia, porque esse avanço que você consegue aprovar acaba indo por outro caminho, que é a moeda perdendo o valor", explicou.
Também destacou que a medida, embora popular, não pode ser aprovada sem uma análise detalhada de seus impactos. "É uma pauta simpática, mas tem que ver a forma que o governo vai enviar ao Congresso para que possamos avaliar", disse. Ele reforçou que a Câmara estará atenta para garantir que a isenção não comprometa o equilíbrio das contas públicas.
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Motta também comentou sobre o bom relacionamento com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a disposição da Câmara em colaborar com o governo em projetos que beneficiem o país. "Já temos uma ótima relação com o ministro Haddad. Ajudamos a aprovar essa agenda, dando uma demonstração de colaboração dos Poderes", afirmou.
O congressista garantiu que os projetos enviados pelo Ministério da Fazenda terão prioridade na tramitação. "Nós vamos dar prioridade para que os projetos possam tramitar seguindo o que o regimento da Casa diz, para que, ao final, o resultado aprovado no plenário seja o que a Casa entenda ser o melhor para o país", declarou.
O ministro da fazenda, Fernando Haddad, deve ir ao Congresso no final da manhã desta quarta (5) para entregar as pautas consideradas pelo Planalto como prioritárias, entre elas, o fim do supersalários do serviço público e mudanças na aposentadoria dos militares.
