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Polícia

Operação em presídio da Polícia Civil de SP encontra um celular para cada três detentos

Corregedoria e Ministério Público encontraram também diversos smartwatches, um notebook, drogas e quantias em real, dólar e euro

Imagem da noticia Operação em presídio da Polícia Civil de SP encontra um celular para cada três detentos
Operação em presídio da Polícia Civil de SP encontra um celular para cada três detentos | Foto: Reprodução
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Uma força-tarefa do Ministério Público (MPSP) e da Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo encontrou, nesta terça-feira (04), 23 celulares no presídio da Polícia Civil, na zona norte da capital paulista.

Na operação Video Vocacionis, que revistou celas de 69 presos, também foram encontrados 11 smartwatches, 11 carregadores de celular, 26 fones de ouvido, 1 computador, drogas e R$ 21.672,15, além de quantias não informadas em dólar e euro.

O mandato de busca e apreensão no presídio faz parte das ações que investigam a morte de Vinicius Gritzbach, delator do Primeiro Comando da Capital (PCC), assassinado em novembro do ano passado.

+ Caso Gritzbach: operação flagra celulares com policiais detidos por corrupção no Presídio da Polícia Civil

Entenda o caso

Segundo agentes envolvidos na operação, parte dos celulares foi encontrada na cela dos policiais civis Valdenir Paulo de Almeida, apelidado de "Xixo", e Valmir Pinheiro, conhecido como "Bolsonaro", presos desde setembro de 2024.

Tanto "Xixo" quanto "Bolsonaro" foram citados na delação de Gritzbach ao Ministério Público, que acusou os policiais de extorquir dinheiro dos integrantes do PCC. A dupla ainda é suspeita de coagir testemunhas e atrapalhar investigações.

A força-tarefa também cumpriu mandato na residência do delegado Alberto Pereira Matheus Junior, que ocupa um dos níveis hierárquicos mais altos na Polícia Civil e também foi citado na delação premiada de Vinicius Gritzbach. Os policiais não conseguiram apreender o celular de Alberto, que alegou que o aparelho havia sido extraviado no dia anterior e registrou um boletim de ocorrência. Ele não foi preso, mas, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, foi afastado de suas funções.

Em nota, a SSP disse que vai apurar, por meio da Corregedoria da Polícia Civil, a conduta dos servidores do presídio e um possível envolvimento dos agentes com o crime organizado.

Celulares são encontrados na cela de Valmir Pinheiro, conhecido como "Bolsonaro", e Valdenir Paulo de Almeida, conhecido como "Xixo" presos por corrupção e citados em delação do PCC| Reprodução
Celulares são encontrados na cela de Valmir Pinheiro, conhecido como "Bolsonaro", e Valdenir Paulo de Almeida, conhecido como "Xixo" presos por corrupção e citados em delação do PCC| Reprodução
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