Policiais civis acusados de aceitar R$ 800 mil de propina de traficantes são alvos de operação em SP
Segundo a investigação, o pagamento resultou no arquivamento de uma investigação contra a organização criminosa
Uma força-tarefa da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) faz uma operação nesta terça-feira (3) contra investigadores da Polícia Civil e narcotraficantes suspeitos de crimes de corrupção ativa e passiva e de lavagem de dinheiro.
De acordo com a investigação, em 2020, agentes da Polícia Civil cobraram R$ 800 mil de propina a dois narcotraficantes de uma organização criminosa para interromper uma investigação do Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (DENARC) que apurava a atuação da organização criminosa no tráfico internacional de drogas, principalmente à Europa. O valor foi seguido de outros pagamentos mensais que duraram até o primeiro semestre de 2021.
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São cumpridos 10 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva nas cidades de São Paulo e Arujá. Também foram decretadas ordens judiciais de sequestro de bens imóveis cujo valor de mercado está estimado em cerca de R$ 8 milhões, e veículos pertencentes aos investigados com valor aproximado de R$ 2,1 milhões.
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A Justiça determinou ainda o bloqueio de valores em contas bancárias até o limite de R$ 15 milhões das pessoas físicas e jurídicas investigadas pelos crimes.
Atuam na operação a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Secretaria da Segurança Pública, Secretaria da Administração Penitenciária e Secretaria Nacional de Políticas Penais, além do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do MP-SP e corregedoria da Polícia Civil do Estado de São Paulo.