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Brasil

Crise Yanomami: Comissão ouve representantes de garimpeiros e do mercado de ouro

Audiência pública no Senado aconteceu em meio a protestos de lideranças indígenas

Imagem da noticia Crise Yanomami: Comissão ouve representantes de garimpeiros e do mercado de ouro
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Sob protestos de lideranças indígenas, a comissão do Senado que acompanha a crise na terra Yanomami ouviu, nesta 4ª feira (22.mar), representantes de garimpeiros e do mercado de ouro.

Sem sucesso em impedir a realização da audiência pública, os indígenas recorreram ao Supremo Tribunal Federal. A alegação do grupo foi de que ouvir o garimpo é um desvio de finalidade da comissão, que é a de tratar crise sanitária e humanitária entre os yanomami.

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"A comissão tem que ouvir o que realmente aconteceu na terra indígena... mortes, investigar, entendeu? Por que que não chegou a ajuda? Por que que não compraram medicamento? Por que que não teve operação para retirada dos garimpeiros, né?", argumentou o presidente da Associação Urihi Yanomami, Júnior Hekurari Yanomami.

Na reunião, o diretor-executivo da Associação Nacional do Ouro, Fábio Lobo, afirmou aos senadores que as empresas autorizadas a comprar ouro não têm coo fiscalizar a extração, e que elas só participam do processo quando os produtores levam o metal até os pontos de compra.

"Não se provou ser possível identificar essa origem. Porque assim que o garimpeiro extrai o metal, ele processa, ele opera o metal. É o que elimina essas possibilidades de identificação", declarou Fábio Lobo à comissão.

Já o presidente da Federação das Cooperativas de Mineração do Estado do Mato Grosso, Gilson Camboim, destacou que a extração de ouro ilegal é crime e que a poluição por mercúrio não existe quando o garimpo é feito dentro da lei.

Nesta 3ª feira, em visita a uma aldeia no Vale do Javari, no Amazonas, a presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Rosa Weber, disse que vai pautar ainda neste semestre o processo que discute o fim do marco temporal da demarcação de terras. O julgamento discute se a data de promulgação da 1988 deve ser limite para decidir sobre a ocupação de territórios pelos indígenas.

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