Número de mulheres em cargos de comando em órgãos de segurança cresce 9,19%
Segundo governo, efetivo feminino nas PMs em 2021 era 5,88% superior ao do ano 2000
O número de mulheres em cargos de comando nas Polícias Militares, Corpo de Bombeiros Militares e Polícias Civis no Brasil cresceu 9,19% em 2021, ante o registrado em 2020, segundo anúncio feito nesta 2ª feira (13.mar) pela Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça (Senasp/MJSP).
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A Senasp ressalta ainda que o efetivo feminino nas PMs em 2021 era 5,88% superior ao do ano 2000. Nos Corpos de Bombeiros Militares, 12,44% maior. Nas Polícias Civis, 4,35%. E nos órgãos oficiais de perícia, 9,79%. "Os estados que mais se destacaram nesse aumento do efetivo feminino foram Espírito Santo, Acre, Roraima, Amapá e Rio Grande do Norte", fala a secretaria.
Ainda de acordo com o comunicado, há dois anos, havia 501 Delegacias de Polícia Civil especializadas no atendimento a ocorrências policiais envolvendo mulheres, no Brasil, sendo 231 unidades na região Sudeste do país, 107 no Nordeste, 76 no Sul, 50 na região Centro-Oeste e 37 no Norte. Em 2004, havia 177 unidades no país.
Violência
De acordo com a Senasp, dados nacionais de segurança pública de 2021 e de 2022 enviados pelos gestores estaduais de estatística mostram diminuição nos números de homicídios dolosos, latrocínios e do crime de lesão corporal seguida de morte cometidos contra as mulheres.
Houve 3.412 homicídios dolosos em 2022, ante 3.452 do ano anterior, o que configura queda de 1,16%. "A maior parte dos registros ocorreu na região nordeste (33,6%), seguida das regiões sudeste (31,0%), Sul (14,4%), Norte (12,1%) e Centro-Oeste (8,9%)", diz a secretaria.
Em relação aos latrocínios, a redução foi de 19,73%, com 118 casos contra mulheres em 2022 (ante 147). O Nordeste respondeu por 30% das ocorrências. Na sequência, ficaram Sudeste (29,6%), Norte (15,9%), Centro-Oeste (12,4%) e Sul (12,0%).
Já o número de crimes de lesão corporal seguida de morte ficou em 48 em 2022, ante 50 de 2021. A queda, portanto, foi de 4%. "A maior parte dos casos ocorreu na região Sudeste (33,7%), sendo seguida pelas regiões Nordeste (21,1%), Sul (16,8%), Norte (15,8%) e Centro-Oeste (12,6%)", explica o comunicado.
O diretor de gestão e integração de Informações da Senasp afirma que esta "segue realizando diversas ações preventivas e repressivas no âmbito da violência de gênero, com foco na continuidade da redução no número de homicídios e feminicídios nos 26 estados e Distrito Federal, bem como na redução da violência doméstica intrafamiliar".