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Autoridades mataram Marielle Franco novamente depois do crime, diz Flávio Dino

Em evento sobre redes sociais e democracia, ministro da Justiça critica "hegemonia do ódio" na política

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Marielle Franco
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O ministro da Justiça, Flávio Dino afirmou nesta 2ª feira (13.mar) que o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e do motorista dela, Anderson Gomes, que completa cinco anos nesta 3ª feira (14.mar) é o exemplo daquilo que o Brasil não deve ser. A afirmação foi durante participação de Dino no seminário Liberdade de Expressão, Redes Sociais e Democracia, na Fundação Getulio Vargas (FGV), no Rio de Janeiro.

Dino se referia ao que classificou como "labirinto de ódio na política", que segundo ele teria fomentado fake news em torno do assassinato de Marielle na época do crime, em março de 2018. Nas redes sociais, a vereadora foi vítima de notícias falsas, onde publicações insinuavam que ela teria sido morta por suas relações com o crime.

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"Marielle foi assassinada e, no dia seguinte, políticos e autoridades inclusive do Poder Judiciário, entre outros, se dedicaram a matá-la novamente. E até hoje é como se houvesse um homicídio por dia", afirmou."Esse caso de Marielle serve de referência para aquilo que o Brasil não deve ser", disse Dino.

O ministro indicou que o governo se debruça em torno de um projeto para regulamentar a difusão de conteúdo nas redes. E avaliou que o debate pode colocar o freio na desinformação. "Talvez esse debate sobre a internet possibilite uma porta em que nós consigamos sair desse labirinto de ódio e vale-tudo em que a política brasileira se viu imersa nos últimos dez anos", avaliou o ministro da Justiça.

Flávio Dino ainda comparou o Brasil atual com a Europa do século passado. "Nós vivemos uma quadra histórica similar aquela que se verificou na Europa há cem anos atrás em que a manipulação de afetos é constituinte da luta política. A manipulação de afetos, sobretudo na sua dimensão do ódio. O que foram os últimos dez anos da política brasileira? A hegemonia do ódio", afirmou.

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Ministro Flávio Dino no Seminário: Liberdade de Expressão, Redes Sociais e Democracia | Reprodução/ YouTube da FGV
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