Roubos e furtos no centro de São Paulo crescem mais de 30%
Comerciantes oferecem escolta gratuita para não perder clientes
Victor Ferreira
Os roubos e furtos no centro de São Paulo cresceram mais de 30%. A situação é tão grave que os comerciantes, para não perder os clientes, estão oferecendo de graça serviço de escolta.
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O advogado Cândido Prunes mora na região e conta: "eu assisto diariamente do meu apartamento cenas de assalto, gritos de pessoas que estão sendo assaltadas. Então isso se transformou numa rotina".
Na entrada da Pinacoteca de São Paulo, uma placa de boas-vindas ganhou as redes sociais nesta semana: "não use celular aqui. Perigo de furto".
A placa foi retirada neste sábado (4.mar), dia em que o museu, um dos mais importantes de São Paulo, inaugurou um novo prédio. O alerta nunca foi tão importante. Tirar o celular do bolso na região e não ser roubado é quase uma obra de arte.
Em janeiro, os furtos no centro da cidade cresceram quase 35%. Roubos subiram 11%. Para o analista criminal e membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Guaracy Mingardi, há saída:
"Uma região central, o policiamento a pé é essencial. [...] Quando eles estão fazendo o policiamento a pé, parado em público, em 4 e 5, conversando na esquina, às vezes parado dentro da viatura usando celular, ninguém está patrulhando de verdade. Tem que ter esses dois ingredientes: policiamento a pé e vontade. A vontade só vai sair se houver cobrança".
O jeito, para moradores e comerciantes, tem sido arcar com segurança privada para atuar em vias públicas. Escoltar clientes até o metrô virou a solução para sobreviver ao caos.
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