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Inteligência Artificial tem precisão de 97% no diagnóstico de câncer de mama

Tecnologia se tornou grande aliada para detecção rápida e precisa de nódulos em exames de mamografia

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O Brasil registra 63 mil novos casos de câncer de mama todos os anos. Porém, com a pandemia, a realização de exames de rotina reduziu drasticamente: em 2020, o número de mamografias caiu 42%, em relação ao ano anterior - cerca de 1,5 milhão de exames deixaram de ser feitos.

Um problema que impacta diretamente as chances de cura dos pacientes, já que, quanto mais rápido e mais preciso o diagnóstico, mas efetivo o tratamento do câncer de mama.

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No centro de referência de São Paulo, os médicos contam, agora, além da própria experiência, com um segundo olhar para uma avaliação ainda mais precoce da doença: o olhar da inteligência artificial. As mamografias são submetidas a um programa de computador que aponta, em segundos, lesões suspeitas.

"Ela indica para a gente que nessa mesma região aqui existe algo errado. Ele circula com um mapa de calor, mostrando que a gente tem que dar uma maior atenção para uma determinada região", explica a coordenadora médica do centro de Imaginologia Mamária da BP, Carla Benetti.

O programa aprende com milhares de exames já realizados, inseridos no sistema, criando padrões, que servem de referência, e atinge uma precisão que o olho médico não consegue.

"Nódulos muito muito pequenos, calcificações muito discretas... casos de mamas densas, às vezes, a sensibilidade é menor, e daí a inteligência artificial pode ajudar a identificar lesões que poderiam passar despercebidas a olhos humanos", acrescenta a especialista.

Na corrida contra o relógio do câncer, hoje, Vera tenta equilibrar o emocional e a quimioterapia. Terminadas as sessões, ela agora aguarda, há quase 3 meses, para fazer a cirurgia que removerá, por completo, o tumor da mama esquerda.

"Com a quimioterapia, ele diminui, então, qual é a minha preocupação agora? É a demora da cirurgia, porque ele pode ir crescendo novamente", afirma a autônoma Vera Maria da Silva.

Uma demora que, inclusive, começou no diagnóstico, o que levou à descoberta quando o nódulo já estava avançado. "Por conta da pandemia, eu fiquei dois anos sem fazer a mamografia. Pediam para voltar, marcaram, e depois desmarcaram", ela conta.

Os avanços da medicina são evidentes, por isso, hoje, o desafio é fazer com que tanta tecnologia chegue a todos os pacientes, principalmente, àqueles que enfrentam o atraso até para conseguir o básico: consultas e exames no tempo certo.

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