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Brasil

Naufrágio na Guanabara: sobrevivente relata que ninguém usava salva-vidas

Buscas por dois desaparecidos seguem pelo terceiro dia

Imagem da noticia Naufrágio na Guanabara: sobrevivente relata que ninguém usava salva-vidas
Visão aérea de bote com militares do corpo de bombeiros içando barco virado, ainda dentro do mar
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As buscas pelos dois desaparecidos após o naufrágio na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, no último domingo (05.fev), foram retomadas na manhã de 3ª feira (07.fev). Fábio Dantas Soares, de 46 anos, e Isabel Cristina de Souza Borges, de 38, são as vítimas ainda não encontradas. 

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Cerca de 50 militares do Corpo de Bombeiros estão envolvidos nas buscas, com embarcações e motos aquáticas. Seis pessoas foram resgatadas com vida ainda no domingo, enquanto outras seis vítimas morreram, entre elas um menino de apenas três anos. Todos já foram identificados. 

A traineira que virou após uma tempestade foi içada na tarde de 2ª (06.fev). A Marinha afirmou que abrirá um procedimento interno para apurar as causas e responsabilidades pela tragédia. Já a Polícia Civil vai ouvir depoimentos dos sobreviventes, entre eles o do dono da embarcação. Paulo Correia conduzia o barco e os agentes querem apurar possível imprudência. 

Entre as vítimas, Everson Assunção, de 45 anos, será sepultado na 3ª. O pai dele, João Assunção, relatou que a nora -- uma das sobreviventes da tragédia -- relatou que nenhum dos ocupantes estava com coletes salva-vidas: os equipamentos de segurança estavam amarrados dentro da cabine da embarcação. "A lei manda: qualquer piloto de barco tem a reponsabilidade de conduzir seus passageiros com colete. Inclusive na Baía de Guanabara, que é considerada águas abrigadas. E ela me comprovou que não tinha ninguém com colete", afirmou. 

"O meu filho aprendeu comigo de nunca deixar seus companheiros para trás. E ele não deixou, dito pela mulher dele que assistia enquanto o mar estava batendo e ela agarrada no que pôde se agarrar. E ele estava junto com outro colega fazendo o salvamento possível", desabafou, emocionado, o pai de Everson. 

Todas as vítimas se conheciam: eram parentes e amigos do mesmo bairro e faziam o passeio de barco anualmente. 

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