Polícia investiga novos casos envolvendo fisioterapeuta acusado de abusos em SP
Homem foi condenado a 7 anos de prisão por tentar espancar a esposa até a morte na Argentina
Fernanda Trigueiro
A polícia investiga novos casos envolvendo o fisioterapeuta, de 47 anos, acusado de abusar sexualmente de pacientes em hospitais de São Paulo.
Um deles teria acontecido em 2007, em Salvador, na Bahia. Na época, o Nicanor dos Santos Modesto Júnior foi acusado de ter beijado, na boca, uma menina de apenas 7 anos. Por falta de provas, o caso foi arquivado.
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Oito anos depois, em Buenos Aires, na Argentina, Nicanor foi destaque nas páginas policiais da imprensa local. O brasileiro foi condenado a 7 anos de prisão por tentar espancar a esposa até a morte com um bastão elétrico e usar spray de pimenta. Ele queria impedir a mulher de denunciá-lo por ter abusado sexualmente da filha dela, de 10 anos.
A Justiça argentina concedeu liberdade condicional ao fisioterapeuta e, de volta ao Brasil, ele também foi acusado de cometer violência sexual contra mulheres. Nicanor foi intimado a depor em uma delegacia, mas não compareceu.
Nesta 6ª feira (03.fev), o suspeito enviou uma carta à polícia. O conteúdo não foi divulgado.
No começo da semana, o profissional foi denunciado por uma publicitária de 28 anos. Ela conta ter sido abusada enquanto estava internada na UTI de um hospital na zona sul da capital paulista. A jovem se recuperava de uma cirurgia na coluna.
"Eu vou fazer uma massagem na sua perna, para soltar sua musculatura. EU achei que fosse procedimento, mas ele começou a subir a mão, e massagear a minha virilha. Ele falou que era para soltar a musculatura com ele", relata a vítima.
O hospital afirma que o fisioterapeuta era funcionário de uma empresa terceirizada, e que não sabia dos antecedentes criminais dele. A empresa alegou ainda que, assim que recebeu a denúncia, o profissional foi imediatamente afastado.
Em outubro do ano passado, Nicanor teria agido de forma parecida em uma maternidade de Guarulhos, na Grande São Paulo. A vítima: uma grávida de 19 anos. A jovem afirma que teve as partes íntimas tocadas pelo homem - segundo ele, para que a paciente parasse de sentir dor.
A unidade de saúde desligou o profissional, que foi denunciado pelo Ministério Público do estado. Nicanor responde por crime de violência sexual mediante fraude, já que alegou um tratamento falso para se aproveitar da paciente.
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