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Brasil

Crise yanomami: 30 indígenas estariam grávidas de garimpeiros

Deputados federais defendem instalação de CPI para apurar condutas do governo federal e agentes públicos

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hospital de campanha yanomami
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O Conselho Distrital de Saúde Yanomami relatou, na 4ª feira (01.fev), ao Ministério Público Federal, que há 30 indígenas yanomami grávidas de garimpeiros. De acordo com o presidente do órgão, Junior Hekurari, algumas delas estariam vivendo na região do Rio Parima, próximo à fronteira com a Venezuela.

"Tem muito. Já tem filhos dos garimpeiros, já nasceu. Também grávida na região do Parima", acrescentou Hekurari.

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O secretário nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, Ariel de Castro Alves, informou que irá pedir às polícias civil e federal que investiguem possíveis casos de exploração sexual infantil.

"Há duas frentes aí: a apuração das responsabilidades pelos supostos estupros, pela violência sexual e, por outro lado, garantir toda a assistência de saúde, assistência social, assistência psicológica dessas adolescentes, no período pré-natal", declarou Alves.

Deputados federais protocolaram um requerimento de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o que aconteceu com a população yanomami entre 2019 e 2022. Os parlamentares querem saber também qual o nível de responsabilidade do governo anterior diante da grave crise humanitária.

"É responsabilidade de todo o parlamento que não pode estar omisso. Aquele que silenciar nesse momento também está omisso à questão humanitária, ao povo yanomami", ponderou a deputada Célia Xakriabá (PSOL-MG).
 

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