Projeto devolve 18 pinguins-de-Magalhães à natureza; veja imagens
Ao todo, 49 aves da espécie foram reabilitadas e retornaram a seu habitat natural, em Santa Catarina
Karyn Souza
O Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) devolveu 18 pinguins-de-Magalhães ao seu habitat natural, na Praia de Moçambique, em Florianópolis, Santa Catarina. Ao longo do ano, 49 aves da espécie Spheniscus magellanicus foram regatadas, reabilitadas e soltas nas praias catarinenses pelo PMP-BS.
Dentre os animais atendidos, 4 foram resgatados pelo Instituto Australis e estabilizados pela Udesc/Laguna; 4 pela Univille; e 9 pela R3 Animal.
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Segundo a responsável técnica do PMP-BS/Florianópolis, Marzia Antonelli, o mês de outubro foi atípico, se comparado aos anos anteriores, devido à maior ocorrência de pinguins nas praias da região. Ela explica que, neste período, as aves já deveriam estar voltando para suas colônias.
"No geral, observamos que chegaram com as características comuns dos pinguins em sua primeira migração: indivíduos juvenis, com caquexia, anemia, hipoproteinemia - níveis baixos de proteína no sangue. A maioria atendida apresentava grau moderado de parasitismo - tanto em sistema digestivo, como no sistema respiratório", acrescenta Marzia Antonelli.
Todos os anos, em meados do outono, no Hemisfério Sul, os pinguins-de-Magalhães saem de suas colônias reprodutivas, principalmente nas Patagônia argentina, e seguem em direção ao Norte, seguindo cardumes de peixes e correntes de água fria.
De acordo com os especialistas, as aves que aparecem no litoral brasileiro estão, em sua maioria, na primeira migração, e têm dificuldade em se alimentar, por isso, encalham nas praias. Debilitadas, muitas acabam morrendo antes de serem resgatadas. Há ainda casos de animais que são capturados, sem intenção, por redes "bycatch".
Veja imagens da soltura dos animais na Praia de Moçambique, em Florianópolis (SC):
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