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Brasil

Técnica de enfermagem é flagrada com caneca em alusão à Ku Klux Klan

Colega de trabalho fez denúncia à ouvidoria do Hospital Federal dos Servidores, no Rio de Janeiro

Imagem da noticia Técnica de enfermagem é flagrada com caneca em alusão à Ku Klux Klan
caneca com referência à ku klux klan
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Uma técnica de enfermagem do Hospital Federal dos Servidores do Estado, no Rio de Janeiro, denunciou uma colega de trabalho por usar uma caneca com referências à Ku Klux Klan, grupo supremacista branco dos Estados Unidos.

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Rosana Rezende relatou à ouvidoria do hospital, na última 6ª feira (4.nov), que chegou a conversar com a mulher, identificada como Marília Romualdo do Amaral, para tentar convencê-la a não usar mais uma caneca com os dizeres "Sou da cuzcuz Klan". A frase tenta fazer piada com o nome da organização racista, que prega a segregação e o ódio contra negros.

"Perguntei a ela se ela tinha ciência do que representa a Ku-Klux-Klan, uma organização terrorista criada por ex-soldados confederados com o objetivo de perseguir e assassinar negros, mas ela limitou-se a responder que 'estava brincando' e que eu teria de respeitar a opinião dela. Marília também me disse que não deixaria de usar a caneca nas dependências do Hospital", afirmou Rosana no documento.

Frase em caneca tenta fazer piada com nome de organização racista | Reprodução

Com a negativa de Marília, a técnica de enfermagem levou o caso aos superiores, que também não agiram. A chefia teria respondido que só poderia fazer algo se "viesse uma ordem de cima". 

Rosana, então, enviou a denúncia à ouvidoria do hospital, solicitando que o caso fosse apreciado pela Comissão de Ética.

"Me senti muito mal, ofendida, extremamente desrespeitada e ferida em minha existência, como uma mulher negra que sou, ao ver a propaganda da Ku-Klux-Klan", disse ela.

Marília Romualdo do Amaral disse que não deixaria de usar caneca nas dependências do hospital | Reprodução

O Sindicato dos Trabalhadores Federais em Seguridade e Seguro Social no Estado do Rio de Janeiro, que tornou pública a denúncia, classificou o caso como uma "tentativa inadmissível de fazer humor com questão tão grave".

O Hospital Federal dos Servidores do Estado, que fica no bairro da Saúde, na capital fluminense, não se pronunciou.

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