Presidente da CNA diz que entidade recebe resultado da eleição "com naturalidade"
"Na busca do crescimento da economia e da justiça social, somos um só povo", ressaltou João Martins
Guilherme Resck
O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins da Silva Junior, disse nesta 3ª feira (1º.nov) que a entidade "recebe com naturalidade o resultado das eleições presidenciais" de 2022 e encontra-se pronta para dialogar e cooperar com o novo governo, encabeçado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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A declaração foi dada por meio de uma nota oficial. Nela, João Martins Júnior acrescenta que "as pautas do agro brasileiro são conhecidas de todos". "Durante a campanha entregamos a todos os candidatos um documento com as nossas legítimas aspirações. Para que a produção rural possa continuar sendo a segurança do abastecimento de alimentos para o mercado interno e a principal fonte das nossas exportações, precisamos que o Governo do país, acima de tudo, proporcione segurança jurídica para o produtor, defendendo-o das invasões de terra, da taxação confiscatória ou desestabilizadora ou dos excessos da regulação estatal".
Em agosto, a CNA publicou um conjunto de propostas do agro para o país, direcionadas aos presidenciáveis, aos candidatos ao Executivo e a autoridades. O documento é dividido em quatro eixos: um sobre segurança alimentar; outro sobre desenvolvimento econômico; um sobre desenvolvimento social; e outro sobre desenvolvimento social.
Na nota desta 3ª feira, o presidente da confederação diz que esta conta também com a ação governo para aumentar os destinos das exportações do setor no Brasil, entre outras coisas. Ao final, ressalta que "na busca do crescimento da economia e da justiça social, somos um só povo e a política não pode nos separar". Em carta divulgada pouco antes do segundo turno, Lula incluiu um tópico para a agricultura sustentável.
Veja a nota do presidente da CNA na íntegra:
NOTA SOBRE A ELEIÇÃO PRESIDENCIAL
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) sempre acreditou que a liberdade e a democracia são os fatores essenciais para o desenvolvimento da produção rural. Fiel a esta crença, recebe com naturalidade o resultado das eleições presidenciais e está pronta para o diálogo e a cooperação com o governo eleito, escolhido pela maioria do povo brasileiro.
As pautas do agro brasileiro são conhecidas de todos. Durante a campanha entregamos a todos os candidatos um documento com as nossas legítimas aspirações. Para que a produção rural possa continuar sendo a segurança do abastecimento de alimentos para o mercado interno e a principal fonte das nossas exportações, precisamos que o Governo do país, acima de tudo, proporcione segurança jurídica para o produtor, defendendo-o das invasões de terra, da taxação confiscatória ou desestabilizadora ou dos excessos da regulação estatal.
Contamos ainda com a ação do Governo para ampliar os destinos de nossas exportações e para proteger a produção nacional das barreiras ao comércio abertas ou disfarçadas de preocupações com a saúde e o meio ambiente.
Finalmente esperamos que o Governo adote uma gestão fiscal equilibrada para que nossa economia possa crescer com estabilidade. Na busca do crescimento da economia e da justiça social, somos um só povo e a política não pode nos separar.
Brasília, 1 de novembro de 2022.
João Martins da Silva Junior
Presidente
Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA)