Novo cardeal brasileiro sobre renúncia do papa: "Continua com firmeza"
Arcebispo de Brasília retornou ao Brasil nesta 5ª, após ser nomeado cardeal no Vaticano
No último sábado (27.ago), o papa Francisco nomeou mais 20 novos cardeais para a igreja Católica, entre eles, dois brasileiros: Dom Leonardo Steiner, arcebispo de Manaus, e Dom Paulo Cezar Costa, arcebispo de Brasília. De volta ao Brasil, nesta 5ª feira (1º.set), Dom Paulo disse que o papa "alargou" a possibilidade dele de servir à igreja. "O papa Francisco alargou minha possibilidade de servir, de doar a vida aqui em Brasília, mas de ajudá-lo também no governo da igreja."
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Aos 55 anos, Dom Paulo é um dos mais jovens a alcançar o posto de cardeal. Natural de Valença, no Rio de Janeiro, foi nomeado arcebispo de Brasília em 2020.
Logo após o "consistório", reunião que "deu posse" aos novos cardeais, Francisco se encontrou com quase 200 cardeais do mundo inteiro e aumentou as especulações de uma possível renúncia. Perguntado sobre as intenções do papa, Dom Paulo destacou que Francisco segue alegre e firma na missão, apesar das dificuldades de saúde. "Está na cadeira de rodas, mas alegre. Se vê a alegria e espontaneidade dele. Continua com firmeza, servindo e conduzindo a nossa amada igreja", disse.
Amazônia
Pela primeira vez, o papa nomeou um bispo da Amazônia, Dom Leonardo Steiner, como cardeal. Para Dom Paulo, o ato é um ato de preocupação de Francisco com o meio ambiente no Brasil. "O meio ambiente está no coração do papa Francisco. Quando ele cria do Dom Leonardo cardeal, ele aponta nessa direção. Aquilo que Paulo VI já dizia: ?Cristo aponta para a Amazônia?. A Amazônia é importante e precisa ser cuidada. Há tantos povos ali que precisam ser reconhecidos, que precisam ser respeitados na sua dignidade nos seus direitos. É a complexidade da Amazônia, mas a complexidade que precisa ser olhada e preservada."