Polícia Federal deflagra operação contra golpes financeiros
Criminosos transferem valores para contas de laranjas, que em troca recebem dinheiro de organização
Os agentes saíram ainda na madrugada desta 3ª feira (2.ago) da sede da Polícia Federal (PF), no centro do Rio, para cumprir mandados de busca e apreensão em bairros da zona oeste e na região centro-sul fluminense. A operação mira pessoas que emprestam contas bancárias para movimentação fraudulenta de organizações criminosas que atuam no Rio de Janeiro e em outros estados. Os bandidos invadiam contas e roubavam valores das vítimas, que eram depositadas em contas dos comparsas.
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Os policiais foram à comunidade do Cesarão, em Santa Cruz, na zona oeste. Lá, foram a dois endereços. Em uma das casas, os agentes arrombaram uma porta. Já na outra casa, que pertence à mesma família, objetos foram apreendidos.
A operação foi batizada de Não Seja um Laranja. Ela visa a desarticular esquemas criminosos voltados à prática de fraudes em contas eletrônicas mantidas em diversas instituições bancárias do país. Segundo a Polícia Federal, o prejuízo do golpe financeiro chega a R$ 18,2 milhões. Ao todo, estão sendo cumpridos 43 mandados de busca e apreensão em 13 estados e no Distrito Federal.
Nos últimos anos, a PF detectou um aumento considerável da participação consciente de pessoas físicas em esquemas criminosos. Essas pessoas emprestam as contas bancárias e, com isso, ganham benefícios financeiros. Este "lucro fácil", com transações fraudulentas, possibilita a ocorrência de fraudes bancárias eletrônicas. Quem comete esse crime age como laranja. E muitas pessoas acabam sendo vítimas desses criminosos.
A Polícia Federal alerta a sociedade que emprestar contas bancárias para receber créditos fraudulentos é crime e que os envolvidos podem responder pelos delitos de associação criminosa, furto qualificado mediante fraude, uso de documento falso e falsidade ideológica. Se condenados pela Justiça, podem pegar até 20 anos de prisão.
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