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Funai em Atalaia do Norte fecha as portas por insegurança

Servidores relatam medo e riscos no Vale do Javari, após mortes de Bruno e Dom e visita de 2 suspeitos

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Vale do Javari
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A Coordenação Regional do Vale do Javari da Fundação Nacional do Índio (Funai) está fechada por "motivo de segurança". Sem reforços depois das mortes do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips - em 5 de junho -, a unidade comunicou oficialmente na 4ª-feira (6.jul) a suspensão dos atendimentos.

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"Informo que esta Coordenação Regional do Vale do Javari terá seus serviços de atendimento ao público suspensos por motivo de segurança até que as devidas providências sejam tomadas para a garantia da integridade física e psicológica de servidores e dos indígenas usuários deste serviço, decisão tomada coletivamente pelos servidores", registra o ofício dirigido às dez entidades representativas dos povos indígenas que vivem no Vale do Javari e à Ouvidoria da Funai.

Funai

Além dos assassinatos de Bruno e Dom, nas proximidades das comunidades São Rafael e São Gabriel, em Atalaia do Norte (AM), o documento cita ainda a ocorrência de uma visita suspeita, de dois homens não identificados, de suposta nacionalidade colombiana, à sede da unidade da Funai no dia 1. "Fato considerado suspeito por parte dos servidores desta Unidade Regional, que gerou medo e pânico diante da situação de insegurança enfrentada por todos", informa o ofício.

"Diante do sentimento de exposição, vulnerabilidade e insegurança de toda a equipe desta Coordenadoria Regional do Vale do Javari e diante do risco real de atos de violência física serem cometidos contra esta coordenação, assim como ao público por esta atendido, resolvemos suspender as atividades de atendimento ao público e restringir nossos trabalhos apenas a questões internas e de caráter emergencial, até que sejam tomadas as devidas providências que assegurem a continuidade dos trabalhos desta coordenação com a garantia da dignidade e do bem estar físico e psicológico de seus servidores e funcionários."

Sem contingente

A unidade da Funai em Atalaia do Norte também enviou pedido de policiamento fixo para a Polícia Militar do Amazonas. 

Em resposta, o comando do 8º Batalhão da Polícia Militar informou que "não é possível disponibilizar policiamento fixo" na sede da Coordenadoria Regional da Funai em Atalaia. Mas que seria determinada a intensificação do policiamento no local e nas redondezas. 

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