Policiais civis são investigados por receber propina na Grande SP
Agentes teriam recebido R$ 170 mil para não autuar e prender dono de um loja de relógios de luxo
Camila Stucaluc
Membros do Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP), juntamente com agentes da Polícia Civil, cumprem, nesta 6ª feira (3.jun), oito mandados de busca e apreensão para desmantelar um grupo de policiais civis envolvidos em um esquema de propina. As ações são realizadas na casa dos alvos e na delegacia onde trabalhavam.
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Os agentes são suspeitos de terem recebido R$ 170 mil para não autuar e prender o dono de uma loja de relógios do Shopping Cidade Jardim, onde, em janeiro deste ano, 81 relógios de luxo foram apreendidos. Toda a negociação de propina, intermediada por advogados, ficou registrada em troca de mensagens e áudios.
Segundo o MPSP, as investigações tiveram início após um promotor de Justiça encontrar, na loja, um relógio que pertencia a ele e tinha sido roubado há cerca de um mês. Depois da descoberta, o homem ligou para a polícia e comprovou a informação mostrando o número de série do relógio, avaliado em R$ 98 mil.
O dono da loja foi levado até a delegacia, mas, ao pagar a fiança, foi liberado. Após a ação, o Ministério Público começou a apurar a procedêcia dos itens vendidos no local.
"As investigações em curso apontam que a Royale Watches está envolvida na prática de receptação de relógios de alto valor, com comercialização consolidada em um dos mais luxuosos centros da Capital Paulista. A associação criminosa conta com a figura de um suposto intermediário entre as quadrilhas especializadas em roubos de relógios e os receptadores investigados", informou a entidade.
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