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Brasil

Pelé envia carta a Putin e pede: "Pare com essa invasão"

Rei do Futebol relembrou encontro com presidente da Rússia em mensagem

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O tricampeão mundial Pelé escreveu uma carta nesta 4ª feira (1º.jun) ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, pedindo o fim da guerra na Ucrânia. "Pare com essa invasão. Não existem argumentos que justifiquem a violência", escreveu o Rei do Futebol.

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"Este conflito, assim como todos os outros, é perverso, injustificável, e não traz nada além de dor, medo, terror e angústia. Não há razão para que ele perdure ainda mais tempo", continuou Pelé. A mensagem em apoio aos ucranianos foi escrita enquanto a seleção da Ucrânia jogava contra Escócia, nesta 4ª.

Pelé também lembrou seu último encontro com Putin: "O poder de dar um fim a este conflito está nas suas mãos. As mesmas que apertei em Moscou, no nosso último encontro em 2017".

Leia a carta na íntegra:

Vladimir Putin,
Hoje a Ucrânia tenta esquecer, ao menos por 90 minutos, a tragédia que ainda acontece em seu pais. Competir por uma vaga na Copa do Mundo já é uma tarefa difícil. E se torna quase impossível com tantas vidas em jogo.

Eu quero utilizar a partida de hoje como uma oportunidade de fazer um pedido: pare com essa invasão. Não existem argumentos que justifiquem a violência. Este conflito, assim como todos os outros, é perverso, injustificável, e não traz nada além de dor, medo, terror e angústia. Não há razão para que ele perdure ainda mais tempo.

Quando nos conhecemos no passado e trocamos um grande sorriso acompanhado de um longo aperto de mão, era inimaginável que poderíamos um dia estar tão divididos quanto estamos hoje.

A guerra só existe para separar nações, e não há ideologia que justifique os misseis que agora enterram sonhos de crianças, separam famílias e matam inocentes.

Eu já vivi oito décadas, nas quais testemunhei guerras e vi líderes bradando ódio em nome da segurança do próprio povo. Não podemos regredir a esses tempos. Devemos evoluir.

Anos atrás, eu prometi para mim mesmo que, enquanto eu conseguir, sempre levantarei minha voz a favor da paz. O poder de dar um fim a este conflito está nas suas mãos. As mesmas que apertei em Moscou, no nosso último encontro em 2017.

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