"Tem que acabar o ativismo político no Judiciário", diz Ricardo Barros
Em entrevista ao programa "Perspectivas", líder do governo na Câmara critica atuação do Judiciário
Débora Bergamasco
O líder do governo na Câmara, o deputado Ricardo Barros (PP-PR), criticou, nesta 5ª feira (19.mai), a atuação do Poder Judiciário, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A manifestação foi feita durante o programa Perspectivas, do SBT News.
"Mas o problema é que o TSE virou quase um partido político, eles tão engajados numa ação antibolsonaro. O que é muito ruim, porque não cabe à Justiça gostar ou não gostar da lei. Cabe a Justiça implementar a lei. Não é possível para um magistrado opinar, tomar lado, ele é um magistrado. Ele é uma pessoa que tem que ter isenção na sua posição. A gente não tá vendo isso no posicionamento de alguns magistrados no Brasil, em especial Supremo Tribunal Federal e TSE", afirmou Barros.
O deputado disse ainda que o Poder Judiciário atua além das suas funções e do seu papel definido na Constituição. "Presidência da República é uma instituição, Congresso é uma instituição e o Judiciário é uma instituição. O Judiciário insiste em avançar sobre prerrogativas que são exclusivas do Poder Executivo e do Poder Legislativo. Isso já vem de algum tempo e não vai dar certo, é preciso que o Judiciário se contenha ao seu papel que a Constituição determinou", destacou. Confira mais detalhes no vídeo:
Durante a entrevista, Barros afirmou que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, cometeu abuso de autoridade durante o inquérito das fake news, no qual é relator.
"Alexandre de Moraes instaurou o inquérito das Fake News onde ele é a vítima, onde ele é o acusador e onde ele é o julgador. Coisa que não existe no nosso Código do Processo Penal. Ele está há três anos com esse inquérito. O que se discute são as decisões e os posicionamentos públicos que Moraes vem tomando, claramente de oposição ao governo, que foi caracterizado como abuso de autoridade", disse.
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